Oito características de mulheres da Bíblia
Muitas mulheres da Bíblia mal recebem algo além de uma pequena menção, contudo adoraríamos ter todos os detalhes de suas histórias. É difícil, muitas vezes, tentar entender as motivações e os sentimentos dessas mulheres. Assim, quando nos esforçamos para nos relacionar com elas a partir da perspectiva de nossas próprias experiências e emoções, elas se tornaram mais reais para nós do que eram antes. Elas também nos ensinam algumas coisas surpreendentes sobre nós mesmas.
Quando olhamos para nossa própria história, nossa personalidade, nossa identidade, podemos encontrar também na Bíblia mulheres que foram usadas pelo Senhor com seu modo de ser. Deus moldou cada uma de nós com perfeição e quando permitimos, ele usa nossas características para a Sua glória.
Confira algumas características que separamos de mulheres da Bíblia para você!
Nos versículos de hoje, as duas mulheres tinham condições financeiras diferentes, mas ambas demonstraram generosidade extrema. A viúva provavelmente vivia na pobreza, mal conseguindo alimentar-se. Segundo Jesus, sua oferta de duas moedas era todo o dinheiro que ela tinha para viver. Muitas pessoas a teriam chamado de louca por dar o dinheiro ao templo em vez de guardar para suas próprias necessidades.
Maria de Betânia provavelmente desfrutava de muito mais riqueza do que a pobre viúva, mas um grande vaso de unguento certamente não fazia parte do orçamento dela também. O custo do perfume raro que ela derramou sobre os pés de Jesus era equivalente aos salários de um ano inteiro de um trabalhador. Jesus entendeu que a generosidade de Maria transbordava de seu amor por Ele e de gratidão a Ele. Quando alguns observadores a criticaram por desperdiçar dinheiro, Ele defendeu seu gesto.
Deus quer que sejamos sábias em lidar com nossas finanças, mas Ele também espera que sejamos generosas ao doarmos a outros e ofertar alguns de nossos recursos para Ele. Tudo o que colocamos no gazofilácio veio de Suas mãos. Não precisamos nos preocupar com a possibilidade de darmos a Ele mais do que nossa condição permite. Se formos filhas obedientes que vivem para Ele, nosso Pai celestial, se comprometerá a prover todas as nossas necessidades. Mesmo que outros pensem que estamos desperdiçando nosso dinheiro, Deus recompensará nosso dar, e possibilitará que sejamos ainda mais generosas.
As mulheres que foram ao túmulo de Jesus dois dias após Sua crucificação demonstraram grande coragem. Quando um anjo rolou a pedra do túmulo e sentou-se sobre ela, sua face brilhou como relâmpago e suas roupas eram de cor branca radiante. Os guardas romanos tremeram de medo e desmaiaram ao vê-lo, mas as mulheres ouviram o que o anjo tinha a dizer. Como estas mulheres, já enfraquecidas pela tristeza de testemunhar a crucificação de Jesus, permaneceram firmes diante de uma visão tão aterradora quando soldados romanos, treinados para o sofrimento e o combate, desmaiaram?
Os soldados consideravam Jesus um criminoso e permaneciam em guarda para impedir que Seus seguidores roubassem Seu corpo para fingir que Ele havia ressuscitado. As mulheres vieram para cuidar do corpo do líder a quem amaram e serviram. Ainda que a aparição do anjo as tenha assustado, sua motivação genuína lhes deu coragem para enfrentar a situação apesar do medo. Quando nos concentramos em amar e servir a Deus, encontramos coragem surpreendente quando mais precisamos dela. Mesmo quando o medo seria a reação natural, nossa fé nos ajudará a enfrentar qualquer coisa que venha em nossa direção — e, diferente dos soldados romanos, não desmaiaremos.
Lídia exercitou seu dom de hospitalidade desde o momento em que se tornou uma seguidora de Cristo. Após ser batizada, ela pediu a Paulo e seus companheiros missionários que fossem seus convidados caso a considerassem uma verdadeira cristã e os instigou até que concordassem. Lídia considerava um privilégio, e não um fardo, a oportunidade de ser anfitriã para estes missionários.
Muitos de nós gostaríamos de ser mais como Lídia, mas pensamos que nossas casas não são grandes o suficiente, nossa mobília não é bonita o bastante, não cozinhamos incrivelmente bem ou não temos tempo suficiente. Geralmente, o problema é que confundimos entreter com demonstrar hospitalidade. Demonstrar hospitalidade simplesmente significa estar focado em fazer outra pessoa sentir-se em casa. Isso não precisa de algo como um anúncio de revista.
Como as outras ordenanças de Deus, a hospitalidade é uma bênção de duas vias. A disposição de Lídia de abrir sua casa teve papel-chave no crescimento do primeiro grupo de cristãos em Filipos. Enquanto isso, Lídia aprendia mais sobre as verdades que Paulo estava compartilhando. Somente Deus sabe quantas pessoas foram abençoadas por essa casa.
Abigail vivia em uma cultura que tinha a aparência como base do valor de uma mulher, mas a Bíblia registra que ela tinha beleza e cérebro. Em um momento de perigo, o servo foi até Abigail não por sua aparência, mas porque sabia que ela possuía um modo de pensar racional e sabedoria prática. Depois que Nabal, marido de Abigail, insultou Davi, o servo abordou Abigail, explicou o que havia acontecido e insistiu que ela decidisse como lidar com o problema que surgiria.
Muitas de nós aceitamos a mentira de que a beleza é realmente tudo o que importa. Isso pode nos deixar deprimidas, obcecadas e humilhadas. Dados da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética mostram um aumento de 444% em procedimentos cosméticos de 1997 a 2005. As pessoas podem nos admirar por um rosto belo, mas o bom julgamento e a sabedoria terão efeitos duradouros em nossa vida e na vida de outros.
O livro de Provérbios revela que para adquirir sabedoria o primeiro passo é cultivar uma atitude correta em relação a Deus e Seu caráter (PROVÉRBIOS 9:10). Conforme conhecemos Deus melhor, crescemos em sabedoria que vem em nosso auxílio em momentos difíceis. Nem mesmo um rosto caro pode competir com isso.
Todos os anos, mais de um milhão de processos judiciais são abertos na corte federal dos Estados Unidos e o número continua a crescer rapidamente. A Bíblia registra um dos primeiros processos judiciais na história, um processo incomum envolvendo cinco mulheres. Considerando que, segundo a lei hebraica, somente os filhos herdavam propriedade a família de Zelofeade não receberia uma porção da Terra Prometida. Suas cinco filhas abordaram Moisés e pediram uma herança em nome de seu pai. O pedido era incomum, mas os motivos das mulheres não podiam ser questionados. Elas não buscavam ganho pessoal, mas desejavam somente preservar sua linhagem familiar, um conceito que Deus claramente valorizava.
Faz parte da natureza humana exigir seus direitos. A publicidade alimenta esta tendência e tenta nos convencer de que merecemos tudo o que desejamos. Mesmo que nosso objetivo seja seguir Deus, podemos cair na armadilha de pensar que temos o direito à boa saúde, a filhos bem-comportados, um emprego seguro e uma boa casa. Mas Deus nunca nos prometeu vidas perfeitas. Fazer a Sua vontade frequentemente exige que submetamos nossa liberdade pessoal e coloquemos os interesses de outros acima dos nossos. Como Suas filhas, Ele nos pede que lhe rendamos nossos direitos e confiemos plenamente em Seu controle sobre os acontecimentos de nossa vida.
Por outro lado, nós geralmente não exercemos os direitos que nos foram dados. Como filhas de Deus, temos o incrível privilégio de abordá-lo a qualquer momento para pedir Sua ajuda. Ele nos dá o direito de exercer autoridade sobre nossa natureza pecaminosa e sobre as tentativas de Satanás de nos seduzir afastando-nos do nosso Pai eterno. Qualquer direito que exigimos se desvanecem em comparação ao privilégio de sermos chamadas de filhas de Deus.
Enquanto seus colegas de trabalho faziam a inscrição para entrar na sala de conferência, Angie se remexia em sua cadeira. Não vejo a hora de assistir à apresentação de Bev, pensou. Apesar de já trabalhar há quase dois anos para a agência de publicidade, ela nunca havia se envolvido com uma conta tão grande. Seu chefe tinha adotado muitas de suas ideias e permitiu-lhe fazer toda a pesquisa. Agora todas aquelas noites com poucas horas de sono e as horas extra nos fins de semana iriam valer a pena. Conforme os folhetos passavam pela mesa, Angie abriu um exemplar e ficou pálida. Havia somente um nome escrito no topo do relatório: o nome do seu chefe.
Quando Débora governava Israel, seu estilo de liderança era oposto ao estilo do chefe de Angie. Débora exercera um papel providencial na vitória militar contra o rei Jabim. Ela havia convocado o comandante do exército israelita, deu-lhe instruções e o acompanhou ao campo de batalha por insistência dele. Contudo, em sua canção de vitória, Débora não reivindicou crédito algum. Ela deu a glória a Deus e mencionou todos que tiveram parte no sucesso do dia. Ela honrou os líderes de Israel e aqueles que se voluntariaram para a guerra, listando cada tribo pelo nome. Ela louvou Jael e detalhou o evento em que ela matara o comandante do exército inimigo. Débora minimizou seu papel e referiu-se a si mesma simplesmente como “uma mãe de Israel.”
Nada mais natural do que querer o crédito que nos é devido, mas quando nos concentramos no fato de outros reconhecerem ou não nossos esforços, perdemos a oportunidade de sermos usadas por Deus. Quando abrimos mão de nosso desejo por glória, podemos encorajar outros e honrar o Senhor. Mesmo que não reconheçam nossas contribuições, Deus as vê e nos recompensará. Ele está procurando líderes e seguidores com espírito humilde — e Ele honrará aqueles que não honram a si mesmos.
Coloquei a bandeja na mesa, distribuí a comida e então parei. Em casa, eu sempre orava com as crianças antes das refeições, mas a lanchonete de fast-food estava muito lotada hoje. Não pude evitar questionar o que o grupo de adolescentes barulhentos na mesa ao nosso lado pensariam se nos vissem curvar a cabeça. Ao desembrulhar meu hambúrguer, minha filha de quatro anos e os dois meninos pequenos seguiram minha liderança sem dizer nada. Almoçar num fast-food aquele dia pode ter sido um divertimento para as crianças, mas para mim não foi um lanche feliz.
A passagem bíblica de hoje fala de uma mulher que colocou o serviço a Jesus acima da opinião de outras pessoas. Quando Jesus era convidado para um jantar, pessoas que não haviam sido convidadas surgiam e ficavam ao lado, em pé, para ouvir a conversa, como era o costume. Pode ter sido difícil para esta mulher entrar na casa, sabendo que o anfitrião e os convidados a desprezavam por sua reputação imoral. Mas ao ver Jesus, ela imediatamente esqueceu seu constrangimento. Enquanto chorava sobre Seus pés e os secava com seu cabelo, ela estava alheia aos olhares indignados e murmúrios de outros. Sua mente estava centrada somente no Homem que ensinava sobre o amor e a misericórdia de Deus.
É fácil nos envolvermos com o que outras pessoas pensam e esquecermos que Deus é o Único a quem realmente queremos agradar. Mesmo quando temos medo de parecermos tolas, Ele merece ser honrado e adorado. O amor desta pecadora arrancou qualquer incômodo que pudesse sentir por ser o centro da atenção crítica das pessoas. Seu exemplo nos encoraja a não ter medo de expressar nossa fé, mesmo quando nos sentimos intimidadas em orar em público.
Esta passagem do livro de Oseias é difícil de ser interpretada. Deus ordenou a Oseias que se casasse com uma mulher promíscua que lhe seria infiel. Seu casamento deveria simbolizar a infidelidade de Israel a Deus quando os israelitas se afastaram dele para adorar a falsos deuses. Quando Gômer teve uma filha, o Senhor escolheu seu nome — Lo-Ruama, que significava “desfavorecida.” O nome da menina representava o momento na história, em que Deus removeria Sua misericórdia e permitiria que os israelitas fossem punidos por seus pecados. Em uma sociedade que concedia grande importância ao nome de uma pessoa, esta menininha tinha o fardo de um nome que carregava a mensagem do vindouro julgamento de Deus.
O livro Dóris, a menina rejeitada (Ed. Vida, 1980) conta a história verdadeira de alguém que vivenciou o significado do nome de Lo-Ruama. Dóris foi abandonada em um orfanato quando pequena após ser rejeitada por sua mãe. Ela nunca fora abraçada ou segurada. No orfanato, Dóris experimentou ainda mais rejeição e apanhava todas as noites. Abuso físico, emocional e sexual contínuos em uma série de lares adotivos. Finalmente, Dóris encontrou o lar pelo qual sempre ansiou quando se casou com um homem piedoso e teve dois filhos. Hoje, Dorie Van Stone viaja pelo mundo, oferecendo esperança e compartilhando a mensagem do amor e da graça de Deus.
Independentemente de como o mundo se sente em relação a nós, Deus nos vê como alguém por quem vale a pena morrer. Diferentemente do Lo-Ruama, vivemos em um período de graça, em que o sacrifício de Jesus torna possível um relacionamento permanente com Deus. Se aceitamos o dom de salvação e nos tornamos filhas de Deus, Ele faz uma aliança indestrutível conosco. Haverá momentos em que Ele nos disciplinará e ocasiões em que precisaremos viver as consequências de nosso pecado. Mas Deus jamais removerá Seu amor e Sua compaixão de sobre nós. Assim que nos tornamos Suas filhas, recebemos o nome de “Amada”.