Note o aspecto da promessa. Deus não diz: “E quando vocês olharem para o arco-íris, e vocês se lembrarem da minha aliança, então eu não destruirei a terra”, a promessa é gloriosamente colocada, não em nossa memória, mas na memória de Deus, que é infinito e imutável. “O arco estará nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna…” Ó! A fundação de minha segurança não sou eu lembrando-me de Deus, é Deus lembrando-se de mim; não sou eu quem apreende Sua aliança, mas é Sua aliança que me apreende. Glórias a Deus! Todos os baluartes da salvação estão seguros pelo poder divino, e mesmo as menores torres, das quais podemos pensar que tenham sido deixadas para o homem, são guardadas pela força onipotente. Nem mesmo a lembrança da aliança é deixada a cargo de nossas memórias, pois nós podemos esquecer, mas nosso Senhor não se esquece dos santos a quem gravou nas palmas de Suas mãos. Como foi com Israel no Egito, assim é conosco; o sangue estava sobre o umbral e as laterais das portas, mas o Senhor não disse: “Quando vocês virem o sangue eu passarei por vocês”, mas “quando eu vir o sangue, passarei por vós”. Quando olho para Jesus tenho alegria e paz, mas é o fato de Deus olhar para Jesus que garante minha salvação e de todos os Seus eleitos, considerando que é impossível nosso Deus olhar para Cristo, nosso Fiador coberto de sangue, e irar-se conosco por pecados já punidos em Jesus. Não, para nós não fica nem a tarefa de sermos salvos pela lembrança da aliança. Não há tecido deteriorado aqui — não há nem um filamento sequer do tecido arruinado pela criatura. Não é do homem, nem pelo homem, mas somente do Senhor. Nós deveríamos nos lembrar da aliança, e assim o faremos, pela graça divina; mas a articulação de nossa salvação sustenta-se nisto — Deus lembrando-se de nós e não nós nos lembrando dele; e consequentemente a aliança é uma aliança eterna.