Mais que um devocional.

Desmascarando Satanás

Somente as “boas-novas” do evangelho de Jesus Cristo, podem quebrar o controle das “más notícias” do diabo. Nós cantamos esta verdade no hino, ”Mil Línguas Quisera Ter” (HCC 72):

Teu santo nome, ó Redentor,

O meu temor desfaz

E traz a mim, um pecador,

Consolo, vida e paz.

Nascemos neste mundo sob o controle da mente satânica, porém, no mistério da cruz de Cristo e no poder da Sua ressurreição, descobrimos que a força que nos arruína foi destruída e seu poder cancelado.

É por isso que o evangelho do cristão é tão exclusivo; é por isso que os cristãos são perfeitamente justificados pela Palavra de Deus quando dizem que não há outra resposta para os problemas do homem; que não há outro poder que possa tocar no problema básico da vida humana. Muitas pessoas dizem que há vários caminhos para Deus, que não importa no que ou em quem você creia, mas que basta ser “sincero”. Mas Jesus é muito claro quanto a isto: só há um “mais valente”, que veio ao mundo e é capaz de acabar com o poder do espírito das trevas, libertando-nos do poder e domínio do diabo. Ninguém pode vir a Deus Pai e libertar-se do domínio do diabo, exceto através de Jesus (João 14:6). Ele é o “mais valente”. Não há outro!

A atriz Grace Lee Whitney pode testemunhar o fato do “mais valente”, Jesus Cristo, ter vindo a sua vida para libertá-la dos poderes malignos que regem este mundo. Nos anos 50 e 60, ela apareceu em inúmeros filmes e programas de televisão, trabalhando com as maiores estrelas de Hollywood — Marilyn Monroe, Groucho Marx, Jack Lemmon, Robert Stack e muitos outros.

Então, em 1966 ela foi aproveitada para um papel na versão televisiva de Star Trek (Jornada nas Estrelas). Durante a primeira série, no entanto, depois de aparecer em apenas 13 episódios, sua personagem, Yeoman Janice Rand, foi cortada do programa. Uma sensação de fracasso e rejeição tomou conta dela, levando-a, numa espiral descendente, ao alcoolismo, uso de drogas e imoralidade. Ela chegou ao ponto de ir a bairros de vagabundos, beber nas esquinas direto da garrafa. Foi hospitalizada e ouviu dos médicos que o gim que bebia corroía seu esôfago e tinha quase destruído o seu fígado. Se ela não parasse de beber, morreria em poucas semanas. Grace Lee Whitney amedrontou-se — mas ela não sabia como parar de beber. O álcool a controlava.

Uma amiga a levou a um grupo de recuperação, onde ela foi apresentada a Deus. O grupo fez a oração do Pai Nosso e naquele exato momento aquela oração, que sempre lhe soara sem nexo, fez todo o sentido do mundo! Pela primeira vez ela realmente sentiu que Deus se importava com ela — e imediatamente parou de beber e usar drogas. Nas semanas seguintes, Deus a levou para uma viagem em Israel. Durante um passeio turístico fora de Jerusalém , ela aproximou-se de um portão onde se lia “Jardim do Getsemane”. Em sua autobiografia, The Longest Trek (A Mais Longa Jornada), Grace Lee relembra o que aconteceu ali:

Eu coloquei minhas mãos nas barras de ferro do portão e olhei através dele para dentro do Jardim. De repente, me senti fraca, como se fosse desmaiar. Tive que me agarrar às barras para permanecer em pé.

Então eu vi Jesus. Ele estava além das barras, orando no jardim… Eu pensei, Mas eu sou judia! Como se Ele pudesse ler a minha mente, virou-se e olhou-me. “Eu também sou,” disse.

Depois desta experiência, Grace Lee Whitney entregou seu coração e vida ao Senhor Jesus Cristo. O “mais valente” entrou em sua vida com um tremendo poder, libertando-a de seus vícios, da escravidão à imoralidade, de sua culpa e vergonha. Hoje, ela vai às convenções do ”Jornada nas Estrelas”, às prisões femininas e aos programas de entrevistas na televisão, para contar a quem quiser ouvir sobre o Senhor e o que Ele fez em sua vida.

As correntes mais fortes não são aquelas que se podem colocar ao redor do corpo, mas as que se enrolam no coração e na mente. Os escritores da Bíblia deixam isto claro, Paulo nos diz, “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos” (2 Coríntios 4:4). O grande documento sobre a liberdade humana, a carta de Paulo aos Romanos, começa com o mesmo pensamento básico — os seres humanos em seu estado sinistro, sob o domínio do diabo, têm se envolvido em todo o tipo de práticas malignas, não deixando outra escolha para Deus senão dar-lhes o que exigem: “Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (Romanos 1:28). Paulo sugere que o grande ódio exibido contra Deus e Seu evangelho não vem dos incultos, mas dos instruídos, “Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos” (Romanos 1:22), e assim eles “mudaram a verdade de Deus em mentira” (Romanos 1:25).

Neste reino de escuridão espiritual e de resistência egoísta à vontade e bondade de Deus, Jesus Cristo veio para nos libertar. João diz que Jesus veio para o mundo para “destruir as obras do diabo (1 João 3:8). Não há outra explicação adequada para Sua vinda senão esta. Paulo diz que, “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1:13).

O próprio Paulo foi escolhido como apóstolo para os gentios e numa dramática experiência de conversão na estrada de Damasco, ele disse ao Senhor a quem ele viu em Sua glória, “Quem és tu, Senhor?” e depois de identificar-se, Jesus replicou, “Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda, livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus” (Atos 26: 15-18).

Quando uma pessoa confia em Cristo e se entrega a Ele, ela descobre que o evangelho se torna real e aplicável na sua própria experiência. A isto chamamos “conversão”. Mas a conversão é só o início da batalha, logo o novo cristão se conscientiza das forças malignas que trabalham para destruí-lo. Se em sua nova vida ele não for além do que crer, que seus pecados estão perdoados, permanecerá preso a esses pecados, vivendo uma vida de frustração e conflito. Mas a batalha é travada no terreno onde fomos libertos do domínio das trevas — onde fomos resgatados do poder de Satanás e conduzidos ao reino de Deus.

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