O ano mal começou e já tem gente planejando o que quer ganhar de Páscoa, aniversário ou Dia das Crianças? É provável que alguns alunos e filhos já tenham uma lista de brinquedos como opção. Você já teve que lidar com choros ou birras por se recusar a comprar algo do desejo de sua criança? E os tais lançamentos das marcas de brinquedos, seus pequenos conhecem todos pelos anúncios e vídeos do YouTube?

Pois é… O consumismo é um problema social que tem afetado cada vez mais o público infantil e que colide com os princípios cristãos. Mas por que isso acontece e como incentivar as crianças a valorizarem menos as aquisições materiais? A criança insiste para que os pais comprem determinado brinquedo. Após a aquisição, a euforia, porém, diminui rapidamente. Em apenas alguns dias, ou mesmo horas, o pequeno consumidor já não se encanta mais com o presente antes tão desejado. Esse tipo de situação é comum em parcela expressiva das famílias, mas é fundamental saber que o consumo irresponsável afeta o desenvolvimento da criança em diversos aspectos, veja: 

• A curto prazo: gera impaciência, irritabilidade e exclusivismo na criança. A sensação do ato de consumir satisfeito com frequência faz com que a criança deseje ter essa sensação outras vezes e ainda mais frequentemente, gerando um processo de ansiedade. 
  
  
• A longo prazo: quando a criança se tornar um adulto, pode ter sua capacidade de gestão financeira comprometida e até desenvolver transtornos psicológicos que se relacionam com a necessidade de obter bens materiais. Ainda é possível que essa criança se torne um adulto que relacione a sua autoestima diretamente com os bens que possui.  
  
  

Na intenção de ajudar pais e professores a contribuírem com crianças conscientes no que diz respeito ao consumo, a equipe do Sementes Pão Diário Kids elencou algumas dicas e as compartilhou logo abaixo:  

1 – Tome cuidado com os conteúdos que a criança acessa! A primeira dica realmente é tomar cuidado com os vídeos que as crianças acessam. Mesmo que você tenha uma conta paga no Youtube, ou seja, que não permita anúncios comerciais, não dá para descuidar. Há muito canal infantil que produz conteúdo com brinquedos atraentes na intenção de encantar os pequenos e os seduzir à compra. São vídeos que geram comparação em relação à casa onde a criança mora, o quarto e os brinquedos que possui.  


2 – Tempo de qualidade faz toda a diferença Há pais que, por vezes em uma atitude inconsciente, presenteiam os filhos em demasia para compensar a ausência frequente ou algum comportamento errado. São pessoas que não conseguem dizer “não” a um pedido de consumo da criança pois se sentem culpadas por não suprir alguma demanda do filho ou com um sentimento intenso de dó, ou seja, pensam que o pequeno sofrerá muito por não ter aquele desejo atendido. O consumo como forma de gratificação é extremamente destrutivo para a criança. Nada pode compensar um dia de brincadeiras, um passeio agradável, uma conversa olho no olho, um elogio, uma palavra de amor. Essas atitudes são até mesmo capazes de minimizar o desejo compulsivo por compras.  


3 – Invista em Educação Financeira Converse com seus filhos ou alunos sobre consumo consciente. Mostre como o dinheiro é conquistado e a importância de se realizar uma compra pensada e não por impulso. Faça eles refletirem sobre como muitos brinquedos adquiridos, hoje, estão sem uso dentro de suas casas. Para os mais velhos, a mesada pode ser uma boa estratégia. Deixe que ele aprenda a poupar e perceba o valor do dinheiro.  


4 – Desenvolva atitudes sustentáveis O rolo do papel higiênico que acabou, o pote do sorvete que foi consumido, a embalagem do iogurte preferido, a caixa do sapato comprado. Tudo isso pode se transformar em brinquedos e brincadeiras muito divertidas e, de quebra, desenvolver a imaginação e a criatividade da criança. Mostre a seus filhos e alunos que mais importante que o brinquedo é a brincadeira, ou seja, é possível se divertir e muito fazendo uso de materiais recicláveis ou objetos que não tiveram investimento financeiro expressivo. Para contribuir com esse pensamento, frequente menos os shoppings e mais os parques, praças, entre outros ambientes que não tenham como propósito o consumo.   

Vamos aprofundar esse tema?

Acesso o canal do Pão Diário Kids no Youtube para refletir sobre esse assunto com as crianças. Confira as nossas dicas sobre o tema:

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