[Trecho extraído do livro Janelas do Natal — Bill Crowder.]
Quando olhamos a história através da janela de José, vemos claramente sua constante obediência. Fazendo escolhas após escolhas, ele respondeu com obediência a cada desafio que precisava enfrentar.
A beleza da obediência é de alguma maneira, denegrida em nosso mundo do “faça do seu jeito” onde a frase “cuidando do seu próprio interesse” tem se tornado o grito de guerra. Mesmo assim, ainda há beleza, simples e serena, no coração obediente. Recusa-se a aceitar a natureza rebelde da nossa queda e nos aponta um caminho melhor. Mostra-nos a sabedoria por levar Deus a sério e também a insensatez da autodeterminação. Faz-nos lembrar que somente Deus é soberano e que nós não o somos — e esta é a maneira que deve ser.
No excelente livro A Long Obedience in the Same Direction (Uma Longa Obediência na Mesma Direção), escrito por Eugene Peterson, o autor escreveu o seguinte:
Friedrich Nietzsche escreveu: “O essencial ‘no céu e na terra’ é — almejar uma obediência na mesma direção; o que resultaria e sempre resultou a longo prazo, em algo que faz a vida valer a pena ser vivida. É esta ‘almejada obediência numa mesma direção’ que o humor do mundo faz tudo para desencorajar.”
A “longo prazo” e a “almejada obediência” — José escolheu viver tal vida em obediente confiança, neste mundo que desencoraja compromissos de longo prazo em favor da gratificação instantânea. Assim, enquanto enfrentamos o desafio de ignorar ou obedecer, de seguir o Mestre ou seguir nosso próprio caminho, José nos deixou um exemplo que vale a pena seguir.
Nunca ouvimos José falar. Ele não inicia o diálogo, ele reage ao que lhe é dito. Ele não toma um lugar de importância; ele trabalha nos bastidores. Mas a característica permanente do seu exemplo consistente é sua disposição em obedecer a Deus porque, aparentemente, ele tinha aprendido muito tempo antes a confiar em Deus. Na verdade, a obediência de José nos ensina que confiança e obediência são inseparáveis. Se não confiamos primeiro em Deus, nunca entregaremos nossas escolhas e objetivos aos Seus propósitos, e se não obedecemos a Deus, nunca veremos as coisas grandes e transformadoras que Ele deseja realizar em nossas vidas, e através delas.