Provérbios 251 Estes são mais provérbios de Salomão, reunidos pelos conselheiros de Ezequias, rei de Judá.
2 É direito de Deus ocultar certas coisas, e é direito do rei tentar descobri-las.
3 Ninguém consegue compreender a altura do céu e a profundidade da terra; de igual modo, ninguém sabe o que se passa na mente do rei.
4 Remova as impurezas da prata, e o ourives poderá com ela criar um vaso.
5 Remova os perversos da corte do rei, e seu reinado se firmará na justiça.
6 Não chame atenção para si diante do rei, nem exija um lugar entre as pessoas importantes.
7 É melhor esperar até ser convidado perante os nobres que ser mandado embora e humilhado em público. Só porque você viu algo,
8 não se apresse em ir ao tribunal. Pois o que você fará no final se seu oponente lhe provar que está errado?
9 Quando discutir com o próximo, não revele os segredos de outra pessoa.
10 Do contrário, você ganhará má fama e nunca mais se livrará dela.
11 O conselho oferecido na hora certa é agradável como maçãs de ouro numa bandeja de prata.
12 Para quem se dispõe a ouvir, a crítica construtiva é como brinco de ouro ou joia de ouro puro.
13 O mensageiro confiável é como a neve no verão; reanima o espírito de seu senhor.
14 A pessoa que promete um presente, mas não o entrega, é como nuvens e ventos que não trazem chuva.
15 A paciência pode convencer o príncipe, e palavras suaves podem quebrar ossos.
16 Se você encontrar mel, não coma demais, para não enjoar e vomitar.
17 Não visite seu vizinho com muita frequência, pois deixará de ser bem-vindo.
18 Mentir a respeito de outra pessoa faz tanto mal quanto agredi-la com um pedaço de pau, feri-la com uma espada ou atingi-la com uma flecha afiada.
19 Confiar numa pessoa desleal em tempos de dificuldade é como mastigar com um dente quebrado ou caminhar com um pé aleijado.
20 Entoar canções alegres para uma pessoa com o coração aflito é como tirar o agasalho de alguém num dia de frio ou derramar vinagre sobre uma ferida.
21 Se seus inimigos tiverem fome, dê-lhes de comer; se tiverem sede, dê-lhes de beber.
22 Você amontoará brasas vivas sobre a cabeça deles, e o SENHOR o recompensará.
23 Tão certo como o vento do norte traz chuva, a língua que espalha boatos provoca a ira.
24 É melhor viver sozinho no canto de um sótão que morar com uma esposa briguenta numa bela casa.
25 Boas notícias vindas de uma terra distante são como água fresca para o sedento.
26 O justo que cede à pressão do perverso é como nascente poluída ou fonte cheia de lama.
27 Não faz bem comer mel demais, nem é bom procurar honras para si.
28 Quem não tem domínio próprio é como uma cidade sem muros.
Provérbios 261 Como neve no verão e chuva na colheita, assim a honra é imprópria para o tolo.
2 Como o pardal que alça voo e a andorinha que atravessa o céu, a maldição imerecida não pousa sobre quem ela é dirigida.
3 Conduza o cavalo com o chicote, o jumento com o freio e o tolo com a vara nas costas.
4 Não responda aos argumentos insensatos do tolo, para que não se torne tolo como ele.
5 Responda aos argumentos insensatos do tolo, para que ele não se considere sábio.
6 Confiar ao tolo a responsabilidade de transmitir uma mensagem é como cortar o próprio pé ou beber veneno.
7 Um provérbio na boca do tolo é tão inútil quanto uma perna paralisada.
8 Honrar o tolo é tão insensato quanto amarrar a pedra à atiradeira.
9 Um provérbio na boca do tolo é como um ramo cheio de espinhos na mão de um bêbado.
10 Quem contrata um tolo ou o primeiro que passa é como o arqueiro que atira ao acaso.
11 Como o cão volta a seu vômito, assim o tolo repete sua insensatez.
12 Há mais esperança para o tolo que para aquele que se considera sábio.
13 O preguiçoso diz: “Há um leão no caminho! Tenho certeza de que há um leão lá fora!”.
14 Como a porta gira nas dobradiças, assim o preguiçoso se revira na cama.
15 O preguiçoso pega a comida na mão, mas não se dá o trabalho de levá-la à boca.
16 O preguiçoso se considera mais esperto que sete conselheiros sábios.
17 Meter-se em discussão alheia é como puxar um cachorro pelas orelhas.
18 O louco que atira com arma mortal causa tanto estrago
19 quanto quem mente para um amigo e depois diz: “Estava só brincando!”.
20 Sem lenha, o fogo apaga; sem intrigas, as brigas cessam.
21 Como as brasas acendem o carvão e o fogo acende a lenha, assim o briguento provoca conflitos.
22 Calúnias são como petiscos saborosos que descem até o íntimo de quem ouve.
23 Palavras suaves podem esconder um coração perverso, como uma camada de esmalte cobre o vaso de barro.
24 As pessoas podem encobrir o ódio com palavras agradáveis, mas isso não passa de engano.
25 Ainda que pareçam amáveis, não acredite nelas; seu coração está cheio de maldade.
26 Mesmo que escondam o ódio dissimuladamente, sua maldade será exposta em público.
27 Quem prepara uma armadilha para outros nela cairá; quem rola uma pedra sobre outros por ela será esmagado.
28 A língua mentirosa odeia suas vítimas; palavras bajuladoras causam ruína.