Três mitos sobre liberdade
Eu não sou nenhum pássaro; e nenhuma rede me prende: sou um ser humano livre com vontade própria– Charlotte Bronte
Observem os pássaros. Eles não plantam nem colhem, nem guardam alimento em celeiros, pois seu Pai celestial os alimenta. Acaso vocês não são muito mais valiosos que os pássaros?(Mateus 6:26)
O que é a liberdade? Uma das definições é: “O poder ou direito de agir, falar, ou pensar como alguém deseja.” Então pensamos que, se tivermos poder suficiente, afirmarmos nossos direitos o suficiente e esclarecermos nossos desejos, a liberdade virá.
Mas, na realidade, ser livre para fazer o que quisermos, quando quisermos, raramente nos faz sentir verdadeiramente livres. Ao contrário da crença popular, há liberdade, mais do que podemos realmente compreender, quando vivemos nossas vidas de acordo com a Palavra de Deus.
Ansioso para viver uma vida verdadeiramente livre? Venha conosco enquanto quebramos os mitos sobre a liberdade!
Vai se sentir livre para atravessar a qualquer momento? Não (porque você pode morrer ou matar alguém).
Que tal ouvir no trabalho ou na escola que você pode fazer o que quiser – sem meta ou direção definida. Isso faria sentido?
Não ter nenhum tipo de orientação não é libertador a longo prazo. No fundo, sabemos que os limites nos protegem e as regras nos dão estrutura e orientação para viver. Veja a confiança do salmista que diz: “Andarei em liberdade, porque tenho buscado os teus preceitos” (Salmo 119:45).
Experimentamos a liberdade quando somos capazes de desfrutar o que nos foi dado dentro dos limites.
Achamos que a liberdade deve ser tudo sobre nós conseguirmos fazer o que queremos – “Você se faz”, “Vá em frente”, dizemos. Mas, apesar de nossos melhores esforços, sabemos que não somos realmente capazes de tomar as melhores decisões por nós mesmos. Às vezes, longe de nos capacitar, perseguir o que queremos muitas vezes nos leva a cair em hábitos e padrões autodestrutivos.
Isso nos faz perceber que ser capaz de fazer o que queremos não nos torna realmente livres. Como diz o apóstolo Paulo: “‘Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas não devo me tornar escravo de nada” (1 Coríntios 6:12).
Mesmo quando queremos o que é bom, podemos não ter força de vontade para fazê-lo. Uma das frases mais humanas e relacionáveis da Bíblia diz: “Não entendo o que faço. Pois o que quero não faço, mas o que odeio faço” (Romanos 7:15).
No entanto, porque estamos em Cristo, fomos libertos da escravidão de nossa carne. E com essa liberdade vem não apenas a capacidade de discernir e escolher o que é bom para nós, mas também a capacidade de desfrutar verdadeiramente dos prazeres que somente Deus pode dar – prazeres que levam à realização e satisfação.
Quando nos sentimos amarrados a obrigações e compromissos, é fácil sonhar acordado em deixá-los para trás para que possamos tirar o peso de nós. Então, passamos de emprego em emprego, de lugar em lugar, de relacionamento em relacionamento, pensando que a vida deveria ser manter as opções abertas para não perdermos o melhor.
Mas, como o Mestre nos lembra, sem Aquele que dá propósito e significado, tudo isso é “como correr atrás do vento” (Eclesiastes 2:11). Quanto mais pensamos que o novo é sempre melhor, menos significado e satisfação encontramos.
Ter Jesus como nossa âncora (Hebreus 6:19-20) nos mantém seguros e firmes quando a vida tenta nos puxar em todas as direções. Quando as obrigações nos sobrecarregam, Ele nos pede para trocar nosso jugo pelo Seu (Mateus 11:29-30). E quando nossa busca nos esgota, Ele nos lembra que somente Ele pode satisfazer (João 6:35).
Deixados por conta própria, nossa compreensão da liberdade muitas vezes fica aquém. É por isso que precisamos olhar para Aquele que dá a verdadeira liberdade:
O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para trazer as boas-novas aos pobres. Ele me enviou para anunciar que os cativos serão soltos, os cegos verão, os oprimidos serão libertos. (Lucas 4:18)
Portanto, permaneçam firmes nessa liberdade, pois Cristo verdadeiramente nos libertou. Não se submetam novamente à escravidão da lei.
Porque vocês, irmãos, foram chamados para viver em liberdade. Não a usem, porém, para satisfazer sua natureza humana. Ao contrário, usem-na para servir uns aos outros em amor.. (Gálatas 5:1,13)
Como o falecido reverendo Peter Marshall disse uma vez: “Que possamos pensar na liberdade não como o direito de fazer o que quisermos, mas como a oportunidade de fazer o que é certo”.
Que possamos abraçar e viver pela liberdade de Deus, para que possamos experimentar a vida abundante que Ele oferece.
Originalmente publicado no @ymi_today, que faz parte de Ministérios Pão Diário, em inglês. Traduzido e republicado com permissão.