O antigo ditado “O que você é fala tão alto, que eu não consigo ouvir uma palavra do que você diz” expressa uma relevante verdade. O que somos deve causar um impacto em nossos amigos não cristãos antes de pensarmos em ser eficientes em ganhá-los para Cristo. As pessoas devem conseguir enxergar quem realmente somos.
Não se engane quanto a isso! Se você tem a verdadeira fé, ela se evidenciará.
A importância de se relacionar. Um homem de negócios deu carona para um rapaz chamado Roberto, que cresceu nas favelas de Chicago e tinha problemas constantes com a polícia. Roberto tremia de frio ao entrar no carro, mas depois foi se aquecendo e contando a história de sua vida para aquele simpático desconhecido que lhe dera carona, e este lhe falou sobre Deus e Jesus. Ao ouvir a história do rapaz, o empresário se convenceu de que ele e sua esposa precisavam fazer alguma coisa por aquele jovem. Ao parar junto a um orelhão, ligou para sua esposa e pediu-lhe que arrumasse um quarto para uma visita.
Eles acolheram Roberto em sua casa. A esposa do superintendente das escolas públicas lhe deu aulas de leitura, o pai do empresário lhe deu um emprego em sua fábrica, um jovem amigo da família levou Roberto até Chicago para apresentar-se, pois esta era uma obrigação da sua pena condicional. Algum tempo depois, Roberto tornou-se um cristão e desde então ele é um instrumento para alcançar seus antigos amigos para Cristo. Suas vidas estão sendo transformadas — espiritual, moral e materialmente. E tudo começou quando um homem e outros poucos cristãos se tornaram amigos de Roberto.
Alcance pessoas para Cristo sendo verdadeiramente seus amigos. É uma maneira muito eficiente de proclamar as boas-novas e alcançar pessoas que se recusariam a receber um folheto, que se ofenderiam com uma abordagem direta de evangelismo pessoal, que estão tão desligados do cristianismo institucional e que nunca aceitariam ir a um culto ou assistir um pela TV.
Podemos fazer amizade com nossos vizinhos não cristãos, com companheiros de trabalho, parentes e conhecidos perdidos com os quais temos tido pouco contato por anos. Não é difícil praticá-lo.
O mundo está cheio de pessoas solitárias. Muitos reagem com simpatia àqueles que tentam alcançá-los. E você não precisa preocupar-se com a parte do testemunho, pois acontecerá naturalmente, pois faz parte de quem você é em Cristo.
Um casal muito tímido fez essa descoberta, recentemente. Eles tornaram-se amigos de um casal não cristão em sua vizinhança, mas não falavam da sua fé ininterruptamente. Então, repentinamente, certo dia a esposa disse: “Rodrigo e eu sabemos que vocês vão à igreja todos os domingos. Sentimos que sua religião é importante para vocês e tem feito diferença em suas vidas. Gostaríamos de ir com vocês no próximo domingo. Vocês se importariam?” Eles se importariam? Todos sabemos a resposta, os vizinhos agora são salvos e fazem parte de uma igreja cristã. Em qualquer evangelismo sua eficiência será determinada pelo que você é, faz e diz.
O que somos. Quando colocamos nossa confiança em Cristo, nascemos espiritualmente (João 3:16) e nos tornamos templos do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19). Temos Deus trabalhando em nós com o mesmo poder que Ele exerceu quando ressuscitou Jesus dentre os mortos (Efésios 1:15-23). Estamos no processo de sermos transformados à semelhança de Jesus Cristo. Fomos equipados para tornar visível, aos nossos amigos e conhecidos, a presença do Salvador invisível (2 Coríntios 3:18; 4:6). Ao lermos as Escrituras, orarmos e obedecermos, o Espírito Santo continua nos transformando e nos dando a alegria da salvação. Na maioria dos cristãos isso é bem visível.
Uma realidade espiritual não será demonstrada por um sorriso de comercial de pasta de dente; por expressões como, “Aleluia” no final das frases; ou por colocar-se sob uma lista de regras. Para obter a espiritualidade é necessário andar com o Senhor. O Espírito Santo preenche com o caráter cristão (Efésios 5:15-21). As pessoas encontrarão em você alguém em quem possam confiar. Verão em você o fruto do Espírito — amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22,23). Eles o respeitarão. Alguns podem ter sentimentos contraditórios em relação a você — odiando-o, porque você os faz se sentirem culpados sem dizer uma palavra, porém ao mesmo tempo, admirando-o. Mas, lá no fundo o respeitarão e podem querer ser seus amigos.
Texto extraído e adaptado do livreto “Quebrando o silêncio”, de Herb Vander Lugt.