Como escolas com princípios, pais e ministérios infantis podem abordar a data com as crianças
O dia 22 de agosto é marcado pela celebração internacional do folclore. A palavra é derivada dos termos gregos “folck” e “lore” – expressões que, traduzidas, significam “povo” e “saber”, ou seja, saberes populares.
O Brasil é um país rico em diversidade de saberes. Por sua extensão territorial, diferentes culturas são celebradas tradicionalmente em regiões variadas.
Associar o folclore apenas com a fé em mitos e lendas que carregam princípios divergentes ao cristianismo, tem feito com que, por vezes, os cristãos desvalorizem parte da cultura brasileira.
Por outro lado, seria possível a celebração dessa data nas escolas, lares e igrejas de maneira a não ferir os princípios cristãos? Como? Quem reflete sobre esse tema logo abaixo é Dilean Martins, diretora pedagógica da Associação Internacional de Escolas Cristãs – a ACSI.
A importância do Folclore
“Conjunto de tradições, brincadeiras e crenças que enraízam a cultura de um povo”. Este é o conceito de folclore trazido por Dilean Martins, da ACSI. Ela acrescenta que o folclore diz respeito a culturas compartilhadas de geração em geração por meio de tradições orais e dos usos e costumes de um povo.
Tendo em vista a amplitude do conceito, Dilean comenta que quando um povo reconhece, celebra e propaga os elementos de sua cultura, ele firma a sua identidade. A pedagoga enfatiza: “a nós, das escolas cristãs, cabe o dever de valorizar, destacar e perpetuar aquilo que realmente tem valor em nossa cultura”.
Um posicionamento coerente
Dilean Martins reconhece, entretanto, que realmente existem no folclore brasileiro cantigas e lendas com mensagens que divergem dos valores cristãos. Ela acentua, porém, que são elementos que fazem parte da cultura e devem ser reconhecidos.
Esconder das crianças, de acordo com a pedagoga, nunca é o melhor caminho. “É importante não negar a informação. É mais relevante informar e confrontar com o posicionamento alinhado à vontade de Deus e ao padrão bíblico”.
Dicas de como vivenciar o folclore nas escolas
Dilean Martins encerra apontando algumas possíveis práticas para dentro das comunidades escolares:
- Realizar uma semana de estudos e atividades voltadas para a temática do folclore;
- Aplicar oficinas de confecção de brinquedos e artesanatos regionais, como: pipas, piões, chapéus, artefatos.
- Promover brincadeiras tradicionais como: três marias, carrinho de rolimã e brinquedo vai e vem;
- Falar sobre as comidas típicas, a origem e como se popularizaram;
- Ensinar por meio de provérbios populares, trava línguas, parlendas, advinhas e cantigas.
Que tal ampliar o tema no Podcast Sementes?
Quer absorver mais informações sobre projetos cristãos em escolas e instituições de ensino com princípios? Assista às entrevistas abaixo do Podcast Sementes Pão Diário Kids: