Olá amigo,
O Primeiro-ministro anunciou o confinamento há exatamente uma semana, mas parece muito mais tempo. Além de uma ida às 6h30 ao supermercado e o exercício diário no parque local, eu não saí mais. E não sou o único. Todos os cafés estão fechados, não há tráfego nas ruas fora de nossas janelas e, aparentemente, as viagens de trem caíram 95% em todo o Reino Unido.
A compra de pânico diminuiu, e agora há filas longas e silenciosas fora dos supermercados, com pessoas a dois metros de distância por todo o caminho ao redor do estacionamento. Tudo tem estado estranhamente silencioso à medida que a capital se ajusta ao novo normal.
Houve muitos momentos tristes. As universidades fecharam suas portas e cancelaram as provas muito rapidamente, afastando o ministério das Uniões Cristãs instaladas no campus e enviando muitos estudantes para casa muito cedo. Temos transmitido estudos bíblicos todas as manhãs via Facebook Live em meu estudo, mas não é o mesmo que estarmos juntos.
Dentro do apartamento, as coisas também são um pouco emocionais. Uma colega que divide a casa conosco está achando as expectativas aumentadas de seu trabalho realmente estressante, outra pensa no namorado que não pode ver, e minha esposa Lois deve dar à luz em uma semana. As novas regras governamentais estipulam que eu não posso participar do parto. Não é exatamente como imaginamos a chegada do bebê.
O mais assustador é que o fim não está à vista. Em quase todos os aspectos, o Reino Unido está precisamente duas semanas atras da Itália em termos de casos, fatalidades e regulação. Como a TV mostra que o número de mortos continua a subir sobre o continente, sabemos que é exatamente para onde estamos indo.
Em meio a tudo isso, precisamos lembrar da esperança que Jesus oferece. Na semana passada, em nossa reunião virtual, eu compartilhei a Palavra sobre a cura do paralítico de Marcos 2:1-11, e lá há algumas lições pertinentes para nós.
O homem paralisado tem alguns amigos que estão desesperados para trazê-lo a Jesus, o curandeiro. Os amigos que trazem o pobre homem o derrubam pelo telhado aberto em uma maca na frente de Jesus, e a multidão reunida em volta pode ver que sua paralisia é seu problema óbvio. Quando Jesus viu sua fé, ele disse ao homem paralisado: “Filho, seus pecados estão perdoados.” Que choque! Por que Jesus está falando sobre o pecado? Certamente sua condição física é sua necessidade mais urgente!
Jesus implode nossas suposições. Em primeiro lugar, nosso pecado é o maior problema da humanidade e isso é algo que não mudou com essa pandemia. Em segundo lugar, Jesus é capaz e está disposto a perdoar nosso pecado. Ele morreu em agonia na cruz para destruir nosso pecado e subiu vitoriosamente para garantir que nós sejamos perdoados. Ele nos envia o Espírito para nos assegurar que estamos perdoados e que temos um lugar com Ele nos novos Céus e na nova Terra. A boa notícia — na verdade, a melhor notícia — é que Jesus veio resolver nosso maior problema.
Enquanto continuamos a enfrentar a crise do COVID-19, não posso deixar de pensar em todos os meus amigos não cristãos. Eles estão passando exatamente o mesmo que o resto de nós — mas sem a garantia que vem de saber que Jesus o ama e do que Ele lhe garantiu com Seu sangue. Isso faz toda a diferença no mundo. Vamos orar por uma chance de compartilhar essa esperança — mesmo que, por enquanto, tenhamos que ser um pouco mais criativos quanto aos meios.
Fique bem!
