Talvez o mais difícil do enfrentamento contra o câncer seja justamente ter pessoas dispostas a caminhar nesse período árduo da doença. Nem todo mundo sabe como ajudar o paciente nessa fase difícil; não sabem como se aproximar.

O simples fato de se importar verdadeiramente com o paciente, por meio de ações como mandar uma mensagem perguntando como a pessoa está, um simples abraço ou até mesmo estar disposto a ouvir a pessoa que passa por dificuldades tem muito valor.

Durante o tratamento, muitas pessoas acabam se afastando por simplesmente não saberem como se comportar ou o que dizer em um momento de tão grande sofrimento. Alguns pacientes, durante essa fase, acabam se isolando, porque nesse longo processo acabaram ouvindo coisas desagradáveis, experiências ruins de outras pessoas que tiveram câncer ou que perderam alguém para essa doença.

Enquanto muitos só querem falar, outros na realidade só precisam de um colo, um abraço, tempo de qualidade. A grande realidade é que ninguém consegue ficar sozinho durante o enfrentamento contra o câncer. Precisamos ter pessoas dispostas a passar todas as fases do junto, sejam elas de dor, alegria, tristeza, desespero ou desânimo. 

Sim, existe a fase em que queremos desistir de tudo. Mas, se tivermos pessoas dispostas a ajudar, quando essa fase chegar, perceberemos que vale a pena olhar para frente e ver que existe um futuro melhor, cheio de esperança, no qual encontraremos a vitória.

Quando se tem pessoas dispostas a caminhar nessa fase, com certeza a caminhada se torna mais leve. Haverá momentos que somente a doce presença do Espírito Santo é que irá nos acalmar de toda a turbulência que é o tratamento contra o câncer.

Jaque Fabricio