A obra ressalta o valor do capelão como figura imprescindível e complementar ao sistema de saúde mental da corporação, atuando como facilitador na linha de frente e de forma integrada aos demais profissionais, como psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e comandantes. Semelhantemente, revela o potencial comunitário que há por trás de cada capelão, mobilizando sua igreja para cooperar, orar e ajudar não só nos serviços internos da capelania, mas em outras ações de caráter comunitário, como mediação de conflitos, participação nos CONSEGs — Conselhos Comunitários de Segurança, vizinhança solidária, campanhas educativas e de oração pela polícia e pela paz social.
Posso afirmar que o Projeto Polícia e Igreja é um divisor na história dos PMs de Cristo e da Polícia Militar do estado de São Paulo. Até 2015, tínhamos cerca de 30 capelães voluntários e um pouco mais de 50 igrejas parceiras cooperando com o trabalho nos quartéis. Atualmente, temos quase 1.000 capelães formados e outros 500 voluntários atuando semanalmente nos quartéis, além de mais de 500 igrejas parceiras envolvidas no projeto, alcançando todas as regiões do estado. De 2015 até agosto de 2021, já contabilizamos mais de 50.000 atendimentos realizados pelos nossos voluntários da capelania, incluindo reflexões bíblicas, aconselhamentos, palestras, visitas a enfermos, funerais e outros.