Abrace a vida — Coragem para seguir em frente. Tom Jobim compôs uma canção que tem rodado o mundo. A letra é daquelas que nos comovem, pois fala de forma muito original sobre o significado do valor de cada um de nós.
Se você disser que eu desafino, amor
Saiba que isto em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu (…)
Só não poderá falar assim do meu amor
Ele é o maior que você pode encontrar
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados
Também bate um coração.
Parece algo óbvio, mas é uma maneira genial de se dizer que todas as pessoas do mundo têm um coração: todos têm sentimentos, todos podem se sentir feridos em algum momento, todos têm o direito de viver, todos precisam de afeto, todos levam a imagem de Deus em suas vidas, mesmo que, vez por outra, desafinem. Todos fomos criados por Ele, ainda que, em algum momento,
a nossa “música” não seja a mais adequada.
Normalmente passamos tempo demais olhando para o nosso interior, pensando no que fazemos, em nossas atitudes e habilidades, em nossas motivações, no que fazemos certo ou errado. Gastamos muito tempo prestando atenção em nós mesmos, sem olhar para Deus! E isso acaba entristecendo o nosso coração de uma maneira que nem conseguimos imaginar.
Não estamos dizendo que precisamos vivenciar experiências extraordinárias (embora às vezes Deus articule as coisas para que assim aconteça!), mas de caminharmos com Ele cada dia, conhecê-lo mais e mais e usufruir de Sua presença falando e o ouvindo em nosso dia a dia. Trata-se de compreendê-lo melhor e amá-lo mais, muito além de conhecer os Seus planos e executá-los ao pé da letra. Trata-se de saber que Ele continua nos amando, ainda que, de vez em quando, desafinemos… se bem que, a bem da verdade, nenhum filho desafina quando canta uma canção de amor ao seu pai!
A diferença na vida está em descansar em Jesus: “Quanto a mim, busco o Senhor e espero confiante que Deus me salve” (MIQUEIAS 7:7). Sua presença nos faz resplandecer nos momentos mais escuros, mas também nos ensina a enxergar os outros como Deus os vê.