Quando pecamos e nos recusamos a buscar perdão em Cristo, nossa culpa pode se expressar de várias maneiras. Antes de Davi se arrepender de seus terríveis pecados de adultério e assassinato, ele experimentou angústia física, emocional e espiritual. No Salmo 32:3-4, ele descreveu como sua culpa o afetou:
“Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca.”
A culpa não resolvida pode nos afetar fisicamente. Pode se manifestar em apatia, doenças (reais ou imaginárias), dores de cabeça, distúrbios estomacais, dores vagas e exaustão. Se tentarmos fugir de nossa culpa mergulhando no trabalho ou nos voltando para o pecado em um abandono imprudente, pagaremos um preço.
Em uma das histórias que lemos na lição um, Lexie cruzou uma linha clara de pecado ao furtar em uma loja. Em sua história, ela se viu ainda lidando com os efeitos do pecado em sua vida.
Psicólogos e conselheiros veem os efeitos emocionais da culpa: depressão, raiva, autopiedade, sentimentos de inadequação e negação de responsabilidade. Pior de tudo, a culpa não resolvida terá um efeito espiritual sobre nós. Podemos sentir um distanciamento de Deus, lutar com nossa vida de oração, perder nosso desejo de ler a Bíblia e estar com outros crentes e perder a nossa alegria.
A falta de perdão afetará os nossos relacionamentos. Podemos ficar irritados, culpar os outros, nos afastar de amizades, por vezes oferecer desculpas profusas ou nos recusar a aceitar elogios, nos sentindo incapazes de relaxar. Deus nos projetou para nos relacionarmos com Ele e com os outros, mas encontraremos cada vez menos pessoas próximas a nós.
A vida toda de Davi foi afetada por sua culpa. Isso o tocou física, emocional, espiritual e relacionalmente. Mas ele clamou a Deus, encontrou a certeza do perdão e foi restaurado à integridade. Davi teria sido mais honrado se não buscasse o perdão de Deus? Ele teria tido mais respeito com os familiares de sua vítima ao recusar qualquer misericórdia? A autocondenação ou o suicídio teriam sido uma ação mais nobre? Só se não houvesse vida além do túmulo. Somente o restante de nós não fosse pecador. Apenas se uma pessoa perdoada não tiver nada a oferecer. Mas Deus nos ama mesmo no nosso pior e anseia por nos restaurar! Ele ainda tem grandes planos para nossas vidas.
Reflexão
1) Você já conviveu com a culpa? O que você sentiu? Como você lidou com essa culpa?
2) Você já lutou com a ideia de que não é digno do perdão de Deus?
3) Você já lutou para perdoar alguém? Qual é o seu maior obstáculo para estender o perdão a outra pessoa?