LIÇÃO 1
Acreditar na promessa
Eu nasci em uma família chinesa tradicional de Singapura. Meus pais são de descendência Hakka, um dos principais grupos de dialeto chinês. Como na maioria das famílias chinesas, fomos criados para adorar deuses chineses. Também queimávamos incenso e oferendas aos nossos antepassados para suprir suas necessidades após a vida. Tais crenças e práticas são amplamente consideradas essencialmente “chinesas” — são vistas por muitos como parte integrante de nossa cultura e etnia.
Quando pessoas criadas nessas tradições decidem se tornar cristãs, elas não são apenas vistas como alguém que abandona sua fé tradicional, mas também que trai sua herança. Pessoas assim trazem vergonha para sua família e comunidade ao seguir uma religião estrangeira e colocar sua lealdade em um deus estrangeiro. Em ocasiões importantes, como casamentos e funerais, seus pais não serão mais respeitados e são criticados por outros por criarem seus filhos de forma inadequada.
Para o meu pai, essas coisas eram ainda mais importantes por causa de sua posição como filho mais velho em sua família e como membro proeminente da associação do clã Hakka – uma organização formal que preserva e defende as tradições chinesas e Hakka.
Mas nada disso importava quando eu decidi seguir a Cristo.
Naquela época, a única coisa que me preocupava era se fazia sentido acreditar em Jesus. Eu estava fazendo perguntas como “Quem sou eu? Qual é o meu propósito neste mundo? Por que o mundo é tão confuso, existe solução? O que acontece depois que eu morrer?” O cristianismo parecia ter todas as respostas.
Tudo começou quando uma amiga cristã, Verônica, compartilhou comigo as boas-novas. Ela dividiu comigo o que havia aprendido na Bíblia, me convidou para eventos evangelísticos e me mostrou versículos como João 3:16.
“Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 3:16
No começo, isso não fazia sentido algum. Como poderia ser verdade? Os cristãos ao meu redor não pareciam estar muito melhor; eles ainda estavam lutando na vida. Então, qual era o sentido de me tornar cristã? E quanto a Jesus, Ele não era apenas mais um homem com cabelos castanhos?
Embora as respostas que o cristianismo deu às minhas perguntas parecessem razoáveis, eu não via necessidade de firmar um compromisso pessoal de seguir Jesus. Mas uma noite, enquanto estava deitada na minha cama, me senti vazia. Então, eu orei: “Deus, se você realmente é Deus, pode me mostrar, por favor?”
Pouco tempo depois, em um sábado à tarde, eu estava indo em direção a uma sorveteria quando uma desconhecida me parou. Ela perguntou se poderia compartilhar as boas-novas comigo. Tentando ser educada, concordei. Até então, eu tinha ouvido tantas vezes que até conseguia recitar os versículos. Mas algo aconteceu naquele dia. Quando a mulher compartilhou João 3:16 comigo, o versículo tocou profundamente o meu coração.
Não foi o que a mulher disse ou como ela falou. Também não foi uma voz em minha mente. Naquele momento, acredito que o Espírito Santo me tocou e a verdade de João 3:16 foi do meu pensamento para o meu coração. De repente, eu realmente entendi o que o versículo significava. Vi que “o mundo” que Deus “amou tanto” me incluía.
Pensando sobre
Nossa jornada espiritual com Deus começa no momento em que aceitamos Jesus e o sacrifício que Ele nos oferece. Reflita sobre:
- Quais são algumas razões que você encontrou para as pessoas escolherem não aceitar Jesus?
Estudo feito por Chen Pei Fen.