A Armadura de Deus - Por: João Calvino (Parte 2)
As poderosas defesas do cristão contra o inimigo
Efésios 6:13-18
A verdade
Agora segue a descrição das armas que somos aconselhados a utilizar. A verdade, que significa sinceridade de mente, é comparada a um cinto. Na antiguidade, esse cinto era uma das partes mais importantes da armadura militar. Nossa atenção é então direcionada à fonte de sinceridade, pois a pureza do evangelho deve remover de nossa mente toda a astúcia e toda a hipocrisia de nosso coração.
A justiça
Em segundo lugar, Paulo recomenda a justiça e deseja que esta seja uma couraça para proteger o peito. Ele nos ordena que estejamos adornados, primeiro, com integridade e depois com uma vida devota e santa.
Preparação do evangelho da paz
Assim como soldados cobriam suas pernas e seus pés para protegê-los contra o frio e outras lesões, assim nós devemos estar calçados com o evangelho se desejamos passar ilesos pelo mundo. É chamado de evangelho da paz, pois é a mensagem de nossa reconciliação com Deus, e nada mais dá paz à consciência.
Fé e a Palavra de Deus
Não é sem motivo que os instrumentos de guerra mais necessários — uma espada e um escudo — são comparados à fé e à Palavra de Deus. No combate espiritual, estas duas mantêm o posto mais elevado. Pela fé repelimos todos os ataques do diabo e pela Palavra de Deus o próprio inimigo é morto.
Esperança
A cabeça é protegida pelo melhor capacete quando, elevados pela esperança, olhamos para o Céu para a salvação que é prometida. É, portanto, apenas pelo tornar-se objeto de esperança que a salvação é um capacete.
A nós é dito que deixemos de lado todo embaraço e que estejamos preparados tanto para a jornada quanto para a guerra. Tendo instruído os efésios a vestirem suas armaduras, Paulo agora lhes diz que lutem pela oração. Esse é o verdadeiro método. Clamar a Deus é o exercício principal da fé e da esperança, e é dessa forma que obtemos de Deus todas as bênçãos.