Muitas pessoas estão sofrendo nesta pandemia. Muitos trabalhadores perderam seus empregos e meios de subsistência, ou correm grande risco de perdê-lo. Alguns foram infectados ou perderam entes queridos. Muitos pais estão sobrecarregados com o estresse emocional e mental de cuidar de crianças presas em casa, e outros enfrentam a mesma luta para cuidar de pais idosos, enquanto creches e outros serviços estão fechados. E a maioria, se não todos, estamos lutando com alguma perda de liberdade e isolamento em meio às restrições necessárias implementadas para evitar a propagação da doença.
Como podemos ajudar a “levar os fardos uns dos outros” (Gálatas 6:2) mesmo quando nós mesmos estamos presos em casa? Temos três maneiras:
1. Consolando uns aos outros
O caminho da vida está cheio de perdas. Jó gritou em sua agonia: “Saí nu do ventre de minha mãe, e estarei nu quando partir” (Jó 1:21). Isso implica que a jornada da vida é sobre perder tudo o que conquistamos. As coisas que perderemos incluem nossa saúde, nossa riqueza e nossos entes queridos.
Sofrer juntos significa que sempre que qualquer membro da comunidade sofrer uma perda, não faremos pouco caso da dor que ele está enfrentando. Damos aos nossos irmãos e irmãs tempo suficiente para o luto. Nós não lhes dizemos para seguir em frente enquanto ainda estão lutando com suas perdas. Em vez disso, ficamos ao lado deles, oferecendo um ouvido pronto para ouvir e um ombro virtual para chorar. Assim como Deus nos consolou, estendemos seu consolo uns aos outros (2 Coríntios 1:3-4).
2. Compartilhando fardos
Os fardos são as constantes da vida. Ou nós os pegamos ou eles serão jogados em cima de nós. A abordagem para lidar com todos eles é a mesma: nós os carregamos juntos.
Em situações em que nossos irmãos ou irmãs estão carregados de cargas emocionais, convidamos-os a livrar-se de seus fardos oferecendo nossos ouvidos. Há também outros encargos como tensões relacionais, problemas de saúde e dificuldades financeiras. Devemos compartilhar esses fardos também. A comunidade pode contribuir para reconciliar os membros em conflito, cuidar dos doentes e oferecer assistência financeira aos pobres.
É sempre um grande conforto para quem está sofrendo quando a comunidade não o evita e seus problemas, mas se aproxima dele. Na verdade, pessoas endurecidas são conhecidos por suavizar seus corações depois de encontrar o amor da comunidade, quando eles experimentaram o cuidado incondicional de seus irmãos e irmãs nos dias de suas aflições.
3. Perseverando em oração
Perseverar na oração em comunidade também é uma maneira de enfrentar as dificuldades juntos. Carregamos os fardos uns dos outros ao pedir a Deus por aqueles que necessitam. Realizamos correntes de oração, sincronizamos nossas orações, e jejuamos juntos, a fim de manter a solidariedade com aqueles que precisam desesperadamente de um avanço em sua vida. Em unidade, nós tomamos uma postura de esperar pelo Senhor até que Ele venha em auxílio do nosso irmão.
Nunca houve outro momento na história humana quando o mundo tem tanto medo do sofrimento. Assim como nosso Senhor passou pela porta da ressurreição através do sofrimento, que possamos seguir Seus passos, abraçando as dificuldades em comunidade, sabendo que a glória de Deus está além de nossas aflições. Que o mundo descubra a esperança do céu ao testemunhar como as pessoas em nossas comunidades de fé se aproximam umas das outras e amam ainda mais profundamente um ao outro durante tempos de adversidade.