Só para descontrair
Minha querida Karen,
Achei que você gostaria de saber algo sobre o histórico de sua família.
Ao meditar nas imperfeições que surgem em nossos “perfeitos” parceiros após ocasamento, lembrei-me do seguinte: assim que nos casamos, sua mãe não conseguia suportar meu hábito de deixar as gavetas da cômoda abertas. Mas eu honestamente pensava que era assim que deveria ser. Um homem quer uma camisa? Ele faz sua seleção na primeira gaveta e deixa a gaveta aberta. Ele precisa de meias? Faz sua escolha na terceira gaveta e a deixa aberta.
Estou lhe dizendo a verdade — eu achava que fechar gavetas era um dos propósitos para os quais Deus tinha criado as mulheres. Afinal, minha mãe esteve atrás de mim fechando gavetas durante 22 anos.
Porém, em menos de 22 horas, descobri que minha recém-esposa simplesmente não conseguia tolerar esta completa desconsideração.
Fico quase envergonhado por contar a você o que me causava ataques de raiva no comportamento dela. Eu descobri, para meu terror, que esta bela criatura a quem eu estava vinculado para sempre tinha um hábito horrendo: ela apertava o tubo de pasta de dentes no meio e não na ponta! (Você vê aqui que há algumas coisas que talvez não descubra sobre o seu “pretendido” antes do casamento.)
Por que ela fazia essa coisa terrível? Porque sempre havia apertado o tubo desta forma. Sua família não se importava nem um pouco com tubos de pasta de dentes.
Mas se importa com gavetas. Para eles, fechar gavetas era um símbolo de coisas feitas decentemente e em ordem. Tinha também outro significado: cada membro da família estava sendo atencioso com todos os outros.
É claro, tudo isso parece tolo agora. Esta é, por acaso, outra coisa gentil que a vida encontra um modo de fazer por nós; faz as coisas parecerem engraçadas, se vistas à distância, ao passo que, olhando de perto, não eram nada disso.
Espero que vocês experimentem milhões de gargalhadas ao descobrirem o lado divertido que têm dentro de si.
Só para descontrair,
Papai.