Quem é Jesus?
Não há nada melhor do que poder olhar para uma pessoa com admiração e tomá-la como exemplo. Na vida de muitos, os pais podem ser grande exemplo. Mesmo errando, eles desejam que aprendamos a fazer o que é correto.
Pare e pense sobre isto: e se tivéssemos um modelo perfeito, que nunca erra, para chamar de Pai, irmão e amigo? Que honra seria ser parte de Sua família e conviver todos os dias com essa pessoa, não é mesmo?
Por que, então, mesmo diante de um grande exemplo, como o que temos, ainda preferimos desprezar os Seus conselhos e dar ouvidos às mentiras de alguém que apenas visa o mal? Há um Filho perfeito que quer não apenas nos ensinar “boas maneiras”, mas que deseja nos tornar irmãos e filhos do Pai perfeito (ROMANOS 8:1-39).
Falando sobre o assunto
Durante os séculos, Jesus foi aguardado como mestre, juiz, rei, profeta, mas pouco (ou quase nada) se sabia sobre Ele como o próprio filho de Deus. A imagem que o povo construiu a respeito do Messias prometido era bem diferente daquela na qual Ele realmente se apresentou. Por isso o negaram (JOÃO 1:11). No entanto, essa era a forma planejada por Deus. Jesus cumpriu o propósito do Pai ao vir de maneira humilde, como homem simples — sem trajes reais, palácio ou súditos — para que a glória do Pai fosse manifestada através do Seu Filho. Jesus sabia quem era e para que veio a Terra, por isso, não importava o que os outros dissessem, nada o abalava ou o desviava de Seu propósito.
Jesus é o Filho amado e perfeito que nada faz sem o Pai ou fora da vontade dele. Ele irradia a glória do Pai expressando exatamente o que Deus é em Sua essência (poder, autoridade, amor, bondade etc.). Ao subir aos Céus, o Senhor Jesus nos deu a gratificante oportunidade, não apenas de o ter como modelo, mas de fazermos parte de Sua família. Jesus morreu para que os filhos dos homens pudessem se tornar filhos de Deus! E como filhos imitamos o Pai.
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, a Sua essência e caráter nos compunha. Mas quando o pecado entrou no mundo, nossa natureza foi distorcida e a primeira coisa afetada foi a visão de nós mesmos: nossa identidade. O que consequentemente alterou nosso relacionamento com o Pai. Gênesis 3 traz a narrativa da queda. Após Adão e Eva comerem do fruto proibido, eles “perceberam que estavam nus” e quando ouviram o Senhor chamá-los, ficaram com medo e se esconderam “dele entre as árvores”. E quando Adão tenta se justificar, Deus pergunta: “Quem lhe disse que você estava nu?” […]. “Você comeu do fruto da árvore que eu lhe ordenei que não comesse?” GÊNESIS 3:7-11). Até então, não havia problema algum eles estarem nus. A grande questão é que o pecado deturpa a nossa mente e nos leva a olhar para as coisas boas, criadas por Deus, de forma equivocada, inclusive a nós mesmos. Fomos criados por um Pai criativo e amoroso, com um propósito bem definido que jamais será cumprido sem a ajuda dele. Não merecemos nada de Deus, pois somos pecadores. Mas é justamente por isso que tanto carecemos da Sua misericórdia e favor (ROMANOS 3:23).
Quatro mentiras que nos afetam quando estamos longe de Deus:
1. Orfandade. Muitos de nós já sentimos aquela sensação de abandono, desamparo em meio às dificuldades. É comum, quando estamos fracos em nossa fé, pensarmos que estamos sozinhos, sem ninguém para nos ajudar. Isso foi sentido também pelos discípulos. Quando Jesus foi crucificado, eles ainda não entendiam o significado destas palavras do Mestre: “Mais um pouco e vocês não me verão mais; algum tempo depois, me verão novamente” (JOÃO 16:17). Como pôde um amigo e mestre ser retirado deles assim? Mas anteriormente Jesus lhes havia garantido: “Não os deixarei órfãos; voltarei para vocês” (JOÃO 14:18). Estas palavras do Senhor foram poderosas, pois Ele sabia que Seus seguidores pensariam que, depois de Sua morte, ficariam sozinhos no mundo. O diabo sempre tenta nos convencer para não confiarmos nestas palavras: “Mas, a todos que creram nele e o aceitaram, ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus” (JOÃO 1:12). O Pai jamais abandona Seus filhos. A orfandade de coração é muito mais profunda do que imaginamos. Há muitos filhos que não possuem a plena revelação de sua filiação em Cristo. Mesmo já o tendo aceitado como Senhor e Salvador, precisamos aceitá-lo como Pai (ROMANOS 8:14-17).
2. Merecimento. A segunda mentira mais comum que acreditamos é de que precisamos fazer algo para merecer o amor, a aprovação, a salvação ou a atenção de Deus. Não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais, nem nada que o faça nos amar menos (ROMANOS 8:35). Não é sobre quantos jejuns fazemos na semana, ou quantas vezes que oramos por dia, e sim o quanto de Cristo tem sido formado e revelado em nós. O relacionamento com Ele é fruto de um coração grato e não de uma barganha, religiosidade ou obras realizadas. A graça nos salvou e não há nada que possamos fazer para aperfeiçoar aquilo que nos foi concedido pela graça (EFÉSIOS 2:8-10). Nossa parte consiste em nos esforçarmos para nos tornar em tudo semelhante a Ele.
3. Independência. Você com certeza já deve ter ouvido a frase: “Deixe cada um com sua vida, pois ele(a) sabe o que está fazendo”, ou “Eu não preciso de ninguém me dizendo o que fazer”. Tais afirmações são um grande risco e em nada verdadeiras. Criamos a ideia de que somos autossuficientes e não precisamos prestar contas a ninguém. Apesar disso, nos esquecemos de que somos seres limitados tanto em recursos como em sabedoria. Não há nada melhor do que depender do Deus Onisciente e Onipotente! Precisamos lutar contra nossa teimosia. Pois, se o próprio Jesus disse que não podia fazer nada por vontade própria, muito menos nós com nossa natureza humana!
4. Falta de propósito. Por causa de nossa identidade corrompida, muitos não conseguem enxergar o seu propósito de vida. Fomos chamados, segundo a perfeita vontade de Deus, para realizar coisas maravilhosas exatamente onde estamos. Nada é por acaso. E quanto mais o conhecemos, mas entendemos o que Ele quer fazer em nós e através de nós (ROMANOS 8:28-30).
Onde encontrar na Bíblia?
JOÃO 1:12
Mas, a todos que creram nele e o aceitaram, ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus.
JOÃO 5:19
Jesus respondeu: “Eu lhes digo a verdade: o Filho não pode fazer coisa alguma por sua própria conta. Ele faz apenas o que vê o pai fazer. Aquilo que o Pai faz, o Filho também faz”.
Questões para debate
1. Você ainda sente dificuldade para entender sua identidade como filho de Deus? Por quê?
2. Alguma das quatro mentiras ainda é real para você? Qual delas? Justifique.
3. Você tem buscado o Senhor constantemente para se fortalecer nele? De que forma?
Oração
Pai, ajuda-nos a encontrar nossa verdadeira identidade em ti. Nós te amamos e queremos ser em tudo parecidos contigo.
Em nome de Jesus. Amém!
Brunna Marques
Geografia — Jesus na UFPR