O vale da sombra da morte: uma calma caminhada com Deus - Por: Charles Spurgeon
Este versículo indescritivelmente encantador tem sido cantado em muitos leitos de morte e tem ajudado a iluminar o vale escuro em nossa mente. Todas as palavras nele têm riqueza e significado.
Ninguém tem medo de uma sombra, pois uma sombra não pode parar o percurso de um homem, nem mesmo por um instante, portanto, não tenhamos medo. Não temerei mal algum. Ele não diz que não haverá mal algum; ele vai além desta elevada segurança, pois sabia que Jesus havia repudiado todo o mal; mas “não temerei mal algum”; como se mesmo os seus medos, essas sombras de mal, fossem para sempre debeladas.
Os piores males da vida são aqueles que existem apenas em nossa imaginação. Tivéssemos somente problemas reais, não teríamos um décimo de nossas tristezas atuais. Sentimos mil mortes ao temer uma, mas o salmista foi curado da doença do medo.
Descubra como podemos exercitar essa confiança e o caminhar tranquilo diante do vale da sombra da morte.
Este versículo indescritivelmente encantador tem sido cantando em muitos leitos de morte e tem ajudado a iluminar o vale escuro em nossa mente. Todas as palavras nele têm riqueza
de significado. “Ainda que eu ande”, como se o cristão não acelerasse sua marcha quando chegasse à morte, mas ainda calmamente caminha com Deus. Andar indica o avanço contínuo de uma alma que conhece sua estrada, conhece seu fim, decide seguir a vereda, sente-se muito segura e está, portanto, perfeitamente calma e serena.
O santo moribundo não é como o turbilhão, ele não corre como se estivesse apreensivo, nem permanece paralisado como se não pudesse ir adiante; ele não é confundido nem envergonhado e, portanto, mantém sua antiga marcha. Note que não se trata de andar no vale, mas pelo vale. Nós passamos pelo túnel escuro da morte e emergimos na luz da imortalidade. Não morremos; apenas dormimos para acordar em glória. A morte não é a casa, mas a varanda, não o objetivo, mas a passagem que a ele leva.
O objeto moribundo é chamado de vale. E não é “o vale da morte”, mas “o vale da sombra da morte”, pois a morte em sua substância foi removida e somente sua sombra permanece.
Ninguém tem medo de uma sombra, pois uma sombra não pode parar o percurso de um homem, nem mesmo por um instante. A sombra de um cachorro não pode morder; a sombra de uma espada não pode matar; a sombra da morte não pode nos destruir. Portanto, não tenhamos medo. Não temerei mal nenhum. Ele não diz que não haverá mal algum; ele vai além desta elevada segurança, pois sabia que Jesus havia repudiado todo o mal; mas “Não temerei mal algum”; como se mesmo os seus medos, essas sombras de mal, fossem para sempre debeladas.
Ainda que eu seja chamado para uma visão como a de Ezequiel, um vale repleto de ossos de homens mortos; ainda que o rei do terror cavalgue em terrível pompa pelas ruas, matando montes aos montes, e mil caiam ao meu lado e dez mil à minha direita, eu não temerei mal algum. Ainda que ele aponte suas flechas mortais ao pequeno círculo de meus companheiros, e afaste de mim minha amada e amigos, e leve meus conhecidos à escuridão, eu não temerei mal algum. Sim, ainda que eu mesmo sinta sua flecha rapidamente inserindo-se em mim, o veneno engolindo meu espírito; ainda que como consequência desta apreensão fatal eu devesse adoecer e definhar e apresentar todos os sintomas de uma destruição próxima, ainda assim, não temerei mal algum. A natureza, de fato, pode recuar e tremer, mas eu confio que Aquele que sabe que a carne é fraca terá compaixão e perdoará essas lutas. Contudo, posso temer as agonias da morte, mas não temerei mal algum na morte. O veneno de seu aguilhão é levado. A ponta de sua flecha perde o corte para que não perfure nada além do corpo. Minha alma é invulnerável. Posso sorrir ao ver sua lança ser agitada; parecer imóvel diante da devastação que o destruidor implacável causa em meu tabernáculo; e ansiar pelo período jubiloso em que ele abrirá uma brecha ampla o suficiente para que meu espírito que anseia pelo Céu possa voar e descansar. —SAMUEL LAVINGTON
Consequentemente, esta morte física é uma porta para a vida e deste modo não é tão apavorante, se for considerada corretamente: como sendo confortável; não um mal, mas um remédio para todo o mal; não uma inimiga, mas amiga; não um tirano cruel, mas um guia gentil; guiando-nos não à mortalidade, mas à imortalidade; não à tristeza e dor, mas à alegria e prazer e isto subsistindo para sempre. —HOMILIA CONTRA O MEDO DA MORTE
Ainda que eu seja chamado para uma visão como a de Ezequiel, um vale repleto de ossos de homens mortos; ainda que o rei do terror cavalgue em terrível pompa pelas ruas, matando montes aos montes, e mil caiam ao meu lado e dez mil à minha direita, eu não temerei mal algum.