O poder da ressurreição de Cristo
Ressurreição
"Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou."
Mateus 28:5-6 Tweet
A história de Deus e de nós leva a um clímax impossível. O Messias deveria ser o término triunfante desse drama. Mas Ele foi morto. Jesus foi crucificado; Seu corpo, guardado em um túmulo.
Um ato final exigiria o inimaginável.
De quando em quando, o Antigo Testamento conversa com o Novo Testamento.
Ezequiel viu ossos secos ganharem vida (veja Ezequiel 37:10). Em outro livro profético, Daniel, lemos: “Multidões que dormem no pó da terra acordarão” (Daniel 12:2). Em um salmo citado pelos primeiros cristãos, encontramos a profecia: “não me abandonarás no sepulcro, nem permitirás que o teu santo sofra decomposição” (Salmo 16:10). Assolado por infortúnios, Jó argumentou sua inocência diante de amigos céticos. Então, disse algo surpreendente: “Eu sei que o meu Redentor vive e que no fim se levantará sobre a terra” (Jó 19:25). E, em outra impressionante distorção do tempo entre o Antigo e o Novo Testamento, Oseias disse: “Depois de dois dias [o Senhor] nos dará vida novamente; ao terceiro dia, ele nos restaurará, para que vivamos na sua presença” (Oseias 6:2).
É o Antigo dizendo ao Novo o que poderia, apenas poderia, ser possível.
No Novo Testamento, antes da Semana Santa, houve indícios do que estava por vir. Jesus ressuscitou várias pessoas: a filha de um dos dirigentes da sinagoga, o filho de uma viúva… Alguns céticos sugerem que Ele estava apenas revivendo pessoas que pareciam mortas. Talvez eles estivessem dizendo a mesma coisa naquela época, porque Jesus esperou alguns dias — até que a decomposição se instalasse — antes de ressuscitar Lázaro.
É claro que, quando o Novo Testamento menciona a ressurreição, habitualmente está falando em Jesus voltar à vida após a Sua crucificação. Duas palavras diferentes são usadas. Quando a ênfase está em Deus “ressuscitando” Jesus, encontramos formas da palavra grega egeiro. Porém, às vezes se refere a Jesus “ressurgindo” dos mortos. Esse é o verbo composto anistemi — ou, em sua forma substantiva, anastasia. As duas palavras significam, literalmente, “ficar de pé novamente”.
Novamente, o Antigo Testamento e o Novo Testamento estão dialogando. Você ouve ecos de Jó? O Redentor literalmente “se [levantaria] sobre a terra” novamente, mesmo depois de morrer pelos nossos pecados. Acordamos no domingo de manhã e descobrimos que esse drama da vida real tem um ato final.
“Depois do sábado, tendo começado o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro” (Mateus 28:1). Houve um violento terremoto, a lápide foi removida e um anjo apareceu “como um relâmpago” (v.3).
Os guardas da sepultura estavam com tanto medo que tremiam, e o texto diz, talvez com um toque de ironia, que eles “ficaram como mortos” (v.4).
O anjo disse às mulheres: “Não tenham medo! […] Ele não está aqui; ressuscitou” (vv.5-6).
O inimaginável simplesmente aconteceu. O impossível se tornou possível. A morte se tornou vida. E hoje, na nossa vida, Jesus aparece e nos saúda, oferecendo-nos vida — a vida eterna.
PREPARANDO O SEU CORAÇÃO PARA A PÁSCOA
Para você hoje, a ressurreição não é apenas uma garantia do Céu após a morte. Ela é uma promessa de poder para a sua vida terrena agora mesmo. Paulo escreve: “E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês” (Romanos 8:11).
Senhor Deus, como posso viver hoje a realidade da ressurreição?