O contexto da Reforma Protestante
A Reforma Protestante, que teve início no século 16, foi um movimento religioso e social de grande impacto na Europa Ocidental e no mundo. Sua principal motivação era a reforma e renovação da Igreja Católica Romana, que enfrentava problemas como corrupção, venda de indulgências e distância entre os líderes religiosos e a população comum. Esse movimento desempenhou um papel fundamental na história, transformando tanto a Europa quanto o cristianismo.
Para entender completamente a Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero, é essencial compreender o contexto social, cultural e econômico da Alemanha nos séculos 14 e 15, que preparou o terreno para as mudanças que estavam por vir.
Lutero não se limitou apenas a críticas políticas; ele também criticou o clero e a teologia de sua época. Ele se opôs às práticas eclesiásticas que transformavam elementos religiosos, como indulgências, em mercadorias. Muitas indulgências naquela época tinham o objetivo de financiar a construção da Basílica de São Pedro, em Roma, uma igreja luxuosa que simbolizava o poder e a riqueza do papado.
Outro aspecto importante era o culto aos santos e às relíquias, que atraía multidões de devotos. A Festa de todos os santos, em 1º de novembro, era especialmente relevante, e Lutero escolheu a véspera dessa data, 31 de outubro de 1517, para publicar suas 95 teses, que questionavam essas práticas e são lembradas como o “dia da Reforma”.
No entanto, a Igreja Católica não viu as teses de Lutero como uma oportunidade de reforma, mas como uma afronta, levando-o a se tornar um reformador. Suas 95 teses não eram uma declaração contra a Igreja, mas uma proposta de debate acadêmico sobre aspectos da teologia moral. Embora tenham gerado debates apaixonados nas universidades, o verdadeiro debate ocorreu mais tarde na cidade de Leipzig, onde Lutero desenvolveu ainda mais suas ideias.