Ele cura os de coração quebrantado e enfaixa suas feridas. —Salmo 147.3
Lágrimas quentes aguilhoavam seus olhos enquanto olhava para o calendário. Hoje completavam-se 6 anos e este ano não seria diferente dos outros. Primeiro ela se lembrou do conselho de seus amigos: “Este não é o momento certo — você precisa terminar a faculdade”. “Você precisa pensar no que é melhor para você” “Na verdade, não é algo terrível” “Esta é a única solução”.
Então houve as questões familiares que ela guardou para si: Eu teria um filho ou uma filha no jardim de infância agora? De que cor seriam seus olhos? Será que teria os meus cabelos cacheados? De que livros gostaria? Como seria a sua voz? Mateus 2.18 se refere a dois grupos de mulheres na história de Israel que lamentaram a perda de seus filhos. Jeremias originalmente pronunciou a profecia para descrever as mães cujos filhos eram levados ao cativeiro. Depois, Mateus usou as palavras para descrever as mães afetadas pelo luto na área de Belém, cujos filhos de dois anos ou menos haviam sido mortos pelos soldados de Herodes. Imagine os lamentos ensurdecedores enquanto as mulheres agarravam os corpos inanimados de seus bebês tão repentinamente abatidos.
Nos Estados Unidos, são incontáveis as mulheres que choram a perda de seus filhos, geralmente em silêncio. Segundo estimativas do Centro de Controle de Doenças e do Instituto Alan Guttmacher, desde que a prática foi legalizada, mais de 60 milhões de abortos foram executados nesse país. Profissionais da área médica identificaram diversos sintomas em mulheres que sofrem de síndrome pós-aborto incluindo: insônia, transtornos alimentares, adição ao álcool e vício em drogas, depressão severa e tentativas de suicídio.
Estamos cercadas por milhares de mulheres feridas. Sua única esperança de cura está na cruz, na qual Jesus sofreu e morreu para que nós pudéssemos ser plenas. Por mais profunda que seja a nossa dor, podemos ir a Jesus sabendo que Ele foi ferido para que nós fôssemos restauradas.