"Meu cônjuge está arrependido": como perdoar um adultério
Reconstrução da confiança através do arrependimento — A melhor descrição de arrependimento vem dos lábios do segundo rei de Israel cujo adultério abalou a nação:
“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmo 51:17).
Quais são os sinais de um coração arrependido? (Veja a lista nas páginas 160-161.) Uma atitude humilde, sem exigências e nem defensiva quando perguntado. Uma franqueza que substitui o engano. O desejo de prestar contas de tempo, dinheiro e aonde vai. Não culpar ou dar desculpas por falhas. Aceitação serena das consequências.
O arrependimento humilde de um traidor em palavras e atos pavimentará o caminho para o traído voltar a arriscar abrir seu coração e oferecer o doce fruto do perdão que pode levar à restauração e renovada alegria.
Reconstrução do relacionamento através do perdão — O pecado sempre está diante daqueles que tiveram um caso amoroso (SALMO 51:3), mas também do seu cônjuge. Ele criou uma dívida que permanece pendente e exige uma reação.
A reação natural seria vingança — fazer o traidor pagar. Mas Deus nos chama para um padrão radical de amor que prega a misericórdia, não a vingança (ROMANOS 12:17-21). Ele nos chama a sermos “uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (EFÉSIOS 4:32). Isso não parece justo, especialmente quando a ferida foi tão profunda. Parece minimizar nossa dor e deixar o ofensor incólume. Mas perdão não é isso.
Jesus ensinou que perdão é o cancelamento amoroso e voluntário de uma dívida (Lucas 7:36-48). Isso não significa que a dor ou a raiva desaparecerão miraculosamente ou que as consequências das escolhas pecaminosas evaporarão. Quando o traído enxerga sinais de arrependimento (Lucas 17:3,4), o perdão abre o coração à reconciliação baseada em respeito mútuo, misericórdia, gratidão e amor.