Não há como negar: as mídias sociais estão em toda parte. E é realmente divertido! Os mais novos postam tweets constantemente ou passam horas no Instagram. Os pais, ou mais velhos gastam mais tempo no Facebook. Graças ao smartphone, passamos a maior parte do dia conectados a um constante fluxo de informação e comentários. Muitos de nós nos conectamos de manhã logo após nossos olhos se abrirem e desconectamos todas as noites logo antes de cairmos no sono. As mídias sociais se tornaram os principais meios de comunicação e de compartilhar a vida na contemporaneidade.
Essas poderosas ferramentas de comunicação não mudaram simplesmente o modo como nos conectamos e comunicamos; elas mudaram o modo como vivenciamos a comunidade em si. Com um click, a qualquer momento, praticamente de qualquer lugar, podemos compartilhar informações. Conseguimos relatar pensamentos ou experiências a pessoas que podem estar a centenas ou milhares de quilômetros de distância, algo muito bom.
E um dos aplicativos que caiu no gosto de todos e que está praticamente em todos os smartphones é o WhatsApp, a facilidade que ele nos proporciona é simplesmente incrível. Mas revela algo muito perigoso a nosso respeito: as intenções do nosso coração. Pois podemos usar essa ferramenta para tão simplesmente agir de maneira pecaminosa, pois aparentemente ninguém está vendo com quem converso, ou com quem troco fotos e arquivos pessoais. Mas Jesus está! Não é como se pudéssemos escolher mostrar para Jesus ou não o que você faz no WhatsApp, Ele já sabe, pois está sempre presente.
Se todos os demais ao nosso redor vissem o que compartilhamos diariamente talvez pudéssemos ficar embaraçados e envergonhados com o tipo de conversa ou conteúdo de nossas mensagens, mas Cristo sempre está ali. O que nos leva a pensar que talvez não consideramos sempre Sua presença em nosso espaço virtual. E a pergunta certa não seria qual a sua reação ao deixar Jesus ver seu WhatsApp, mas se você tem agradado a Ele com sua vida on-line, se Jesus tem se alegrado com sua vida social nos aplicativos. Ele está presente e on-line mais do que você pode imaginar. Em Sua Palavra Jesus já havia afirmado que não confiava no homem, pois conhecia a todos “Jesus, porém, não confiava neles, pois conhecia a todos. Ninguém precisava lhe dizer como o ser humano é de fato, pois ele conhecia a natureza humana” (João 2:24,25).
Mas não estamos tentando escrever um manual para reger o seu comportamento no WhatsApp. Gerenciar o comportamento nunca produz uma mudança duradoura. As regras podem funcionar por um período, mas não mudam quem somos e, eventualmente, quem realmente somos será revelado em nosso mural ou nossa página de atualizações, em cada conversa salva no aplicativo. Precisamos abordar o cerne da questão. O que desejamos é tentar criar uma ideia de como representar Jesus adequadamente em nossos espaços digitais. Alguns podem argumentar que este esforço é simplesmente fundamentado em conjecturas. Afinal de contas, Jesus nunca teve um computador, tablet ou smartphone.
Você está certo! E se isto se tratasse apenas de tecnologia teríamos problemas ao aplicar a sabedoria das Escrituras a nossas conversas no WhatsApp ou compartilhamentos no Facebook ou Twiter. Mas as lutas que enfrentamos com mídias sociais não são novas. São problemas antigos que surgem em novas versões. Todas as vezes que uma nova tecnologia surge — seja televisão, rádio, a imprensa ou até mesmo a escrita — os seguidores de Jesus são forçados a pensar na melhor forma de utilizar esses avanços e interagir com eles. Então ainda que seja verdade que Jesus não tenha dito nada sobre tecnologia, Ele disse muito sobre como as pessoas se relacionam, comunicam e amam.
É disto que esta série de artigos trata. A participação do cristão nas mídias sociais não é uma questão tecnológica, é uma questão de comunicação, é basicamente uma questão de coração. Trata-se de relacionamentos e não de smartphones. E a Bíblia tem muito a dizer sobre relacionamentos — e sobre nosso coração.