Dicas para estimular o amor pelos livros antes mesmo da alfabetização e qual o impacto espiritual disso na vida dos pequenos
A maioria da população brasileira não tem o hábito da leitura. Essa informação foi identificada pela 6ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”. Segundo o estudo, 53% dos brasileiros não leram nenhum livro em 2024. A análise mais preocupante é que essa é a primeira vez que o número de não-leitores ultrapassa a quantidade de leitores no País. Mas… o que isso tem a ver com a primeira infância (até 6 anos) e com o discipulado do seu filho ou aluno?
Uma queda no número de leitores no País pode resultar em menos pessoas que estudam e se relacionam com a Palavra de Deus. Por isso, incentivar o gosto pela leitura desde cedo é importante também para o crescimento espiritual da criança. E desenvolver hábitos leitores é uma iniciativa que deve acontecer antes mesmo da alfabetização.
Ainda no ventre da mãe
Para Nádia Opalinski – pedagoga especializada em literatura infantil e contação de histórias, professora, palestrante e missionária – o gosto da criança pela leitura começa com as histórias e pode ser despertado quando o bebê ainda está no ventre da mãe.
Nádia explica que, com 20 semanas de gestação, o bebê já escuta os sons dentro e fora do corpo da mãe e consegue perceber os sentimentos pela tonalidade da voz.
“Quando Maria foi visitar Isabel, por exemplo, João Batista se mexeu na barriga da mãe. Ali, os bebês se conectaram. O Espírito Santo se moveu na vida desses bebês ainda no ventre.”, exemplifica a pedagoga. “Diante disso, devemos ler para as crianças quando ainda estão no ventre. Profetizar bençãos, contar histórias com afeto, cantar por meio de acalantos”, complementa.
Nos primeiros anos de vida
Após o nascimento, nos primeiros anos de vida, é importante que a criança tenha à sua disposição uma variedade de livros, de preferência os cartonados, para que possa manipulá-los.
De acordo com Nádia, mesmo sem o domínio linguístico, esse bebê se familiariza com o recurso material, se interessa pelas cores e texturas, brinca com o virar das páginas e se relaciona com a narrativa visual. Isso gera interesse pelo objeto livro desde cedo.
A pedagoga alerta para que os pais adquiram livros com narrativas ricas, com enredos criativos e inteligentes, mesmo em histórias cristãs. “Se você apresentar estruturas de narrativas muito simplificadas, como essa criança vai aprender a falar? Ela aprende como ouvinte, absorvendo a comunicação mesmo muito pequena ainda”.
O poder da contação de histórias
Crianças que estão na primeira infância aprendem em maior intensidade pela experiência do lúdico, ou seja: com canções que acolhem, sonoridades variadas que gerem interesse, recursos alternativos com diferentes estéticas visuais. Tudo isso estimula os sentidos e produz conexões neurais nos pequenos.
As contações de histórias são práticas que adaptam as narrativas dos livros para a linguagem oral fazendo uso de recursos como os citados acima. Os pais e professores podem lançar mão de estratégias das mais variadas para atrais a atenção das crianças.
A sugestão de Nádia é que pais e professores comecem por uma história com a qual já estejam familiarizados. “É importante primeiro se apropriar de uma leitura. Em seguida, ler e contar para a criança, criando um momento especial e encantador, como um ritual afetivo”.
Dicas de livros para começar essa aventura
Quer começar o quanto antes a incentivar o gosto pela leitura em seus filhos ou alunos? O Pão Diário Kids dá a dica de algumas publicações que podem lhe ajudar nessa missão:
- Histórias Bíblicas na Visão dos Animais (saiba mais aqui)
- Diferente como Eu (saiba mais aqui)
- A Fantástica História de Deus para você (saiba mais aqui)
- Série Conhecendo a Deus (saiba mais aqui)
Saiba Mais
Você se interessou pelo tema? O Podcast Sementes tem uma entrevista completa sobre o assunto. Confira abaixo: