“Nos galhos secos de uma árvore qualquer…”
Na semana passada parte do staff de Ministério Pão Diário visitou jovens que estão se recuperando de dependência química. Foi um momento de adoração a Deus e de reflexão acerca do amor de Deus e a relação com o meio que vivemos.
Cantamos e refletimos a cerca da canção mencionada no título “… nos galhos secos de uma árvore qualquer, onde ninguém jamais pudesse imaginar. O Criador fez uma flor brotar…”. Tal canção nos levou a refletir sobre o amor de Deus e como Ele apesar de Sua divindade e onipotência se importa conosco e nos permite refletir Sua imagem quando nos colocamos aos Seus pés.
Após esse momento gostoso, Márcio nos trouxe uma reflexão baseada em Lucas 15:11, sobre a conhecida parábola do filho pródigo. Conversamos acerca de três personagens descritos no texto: o pai, o filho mais jovem e o filho mais velho.
O texto relata que em determinado momento, o filho mais jovem pediu a seu pai sua herança e indo para outra terra gastou tudo o que tinha recebido. Após um período houve grande fome naquela região onde o jovem estava, e este teve o desejo de comer o alimento que era servido aos porcos. Muitas vezes, a mesma situação acontece em nossos dias. Trocamos o puro pelo impuro levados pelas ofertas do prazer imediato.
A continuação do texto de Lucas nos diz que foi esta a opção daquele jovem. Relata que depois de cair em si acerca de seu passado junto a seu pai retornou a casa com o coração dilacerado e disposto a ser um servo, um dos empregados da casa de seu pai.
É interessante o relato de que apesar de todos os erros do jovem, ao retornar, seu pai o perdoou, amou e o honrou. Esta realidade muitas vezes é a mesma de nossos dias. Erramos, caímos em nós mesmos, retornamos com os corações arrependidos e contritos, e o Pai com Seu amor e carinho nos perdoa e restitui-nos Sua presença. Tudo parece resolvido, mas temos outra parte.
O texto relata que o filho mais velho se zangou e não teve a mesma receptividade do pai. Em nossa vida temos que ter esta consciência e entender que quando erramos e retornamos para Deus, Ele nos perdoa e recebe. Contudo, o mal que fizemos e os prejuízos causados não são imediatamente restituídos. A imagem deixada será algo que precisaremos recuperar. Não basta dizer que estamos puros, reconhecer o erro e esperar que tudo irá ficar bem. A sociedade, família e amigos por um bom período nos olharão como aquele que errou e deve ser observado.
Esta atitude não está errada por parte da sociedade ou da parte ferida, afinal de contas, erramos. A atitude incorreta foi nossa e a imagem somente será restituída por nossos atos presentes e disposição para não somente reconhecermos o erro, mas provarmos que realmente mudamos.