Mais que um devocional.

 Paulo e Timóteo, escravos de Cristo Jesus, escrevemos a todo o povo santo em Cristo Jesus que está em Filipos, incluindo os bispos e diáconos. Que Deus, nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo lhes deem graça e paz. Todas as vezes que penso em vocês, dou graças a meu Deus. Sempre que oro, peço por todos vocês com alegria, pois são meus cooperadores na propagação das boas-novas, desde o primeiro dia até agora. Tenho certeza de que aquele que começou a boa obra em vocês irá completá-la até o dia em que Cristo Jesus voltar. É apropriado que eu me sinta assim a respeito de vocês, pois os tenho em meu coração. Vocês têm participado comigo da graça, tanto em minha prisão como na defesa e confirmação das boas-novas. Deus sabe do meu amor por vocês e da saudade que tenho de todos, com a mesma compaixão de Cristo Jesus. (Filipenses 1:1-8)

O que vem à sua mente quando ouve a palavra “comunhão”? Parece que muitas vezes, pensamos nela como simplesmente “passar tempo” uns com os outros, jogos em grupo de jovens, ou conversas casuais. Mesmo que não haja nada de errado com tudo isso, às vezes você se pergunta se isso é realmente tudo o que há para a amizade.

Na carta de Paulo à igreja em Filipos, ele nos mostra uma imagem diferente de como é a verdadeira comunhão. Começa agradecendo aos filipenses por sua parceria no evangelho (Filipenses 1:5). Algumas traduções usam a palavra “comunhão”. Por que essa parceria ou comunhão que Paulo agradeceu aos filipenses?

 A igreja em Filipos foi a primeira igreja que Paulo plantou na Europa. Era formada por uma comerciante chamada Lídia e sua casa, um carcereiro e sua família, e outros que se tornaram crentes desde sua fundação (Atos 16). Enquanto Paulo escreveu muitas cartas para corrigir ou repreender problemas nas igrejas primitivas, sua carta à igreja em Filipos se destaca como uma de ações de graças e alegria.

Tenho certeza que a igreja filipina não era perfeita. Nenhuma igreja é. Mas o que destacou os filipenses foi seu foco afiado: eles estavam comprometidos em promover seu objetivo compartilhado — espalhando as boas-novas de Cristo. Ao apoiar Paulo financeiramente e trabalhar com ele (4:15), aquela igreja não estava apenas espalhando o evangelho, mas eles estavam vivendo o evangelho em comunhão.

Quando Paulo agradece a Deus por sua comunhão com os crentes em Filipos, ele não está apenas pensando em conversas casuais após a refeição ou jogos divertidos. Paulo está grato porque os filipenses estavam trabalhando ao seu lado no compartilhar o evangelho com os gentios, alcançar os necessitados, e cuidar dos interesses dos outros, mesmo quando eles mesmos estavam sofrendo. Isso é a verdadeira comunhão.

 Você já leu A Sociedade do Anel de J.R. R. Tolkien? Na história, o grupo era composto por nove indivíduos de raças e personalidades variadas, e opiniões diferentes sobre como fazer as coisas. Essas pessoas não só estavam juntas em torno de uma fogueira, contando piadas. Essa não é a verdadeira comunhão. 

Sua verdadeira comunhão consistia em responsabilizar-se mutuamente por resistir à tentação de um poder. Consistia em defender um ao outro de seus inimigos comuns. Foi sua perigosa jornada para lutar pelo que era bom diante do mal e da morte que os tornou uma comunhão. É assim que a igreja deve ser. 

Minha igreja nem sempre se parece com isso. Como líder, percebo que muitas vezes nos esforçamos tanto para tornar a igreja divertida e relevante, que esquecemos a razão pela qual estamos nos encontrando em primeiro lugar.

 Se isso soa como sua igreja também, não se desespere. Em vez disso, que nos motivemos a trabalhar para a imagem que Paulo nos mostra de como é a verdadeira comunhão. Que comecemos tendo conversas honestas uns com os outros sobre onde estamos em nossa fé. Que compartilhemos as lutas um do outro (1:29-30), e possamos nos comprometer a caminhar e orar um pelo outro em meio às diferentes estações da vida, encorajando uns aos outros a crescer em maturidade espiritual (2:12).

Porque nossa comunhão não é uma comunhão terrena. Fomos reunidos por nada menos que o próprio Deus para um propósito divino. Então vamos trabalhar juntos para cumprir esse propósito de compartilhar suas boas-novas com o resto do mundo (1:27).

Carol Lerh

 Pensando sobre

  1. Quais são algumas maneiras que nossas amizades na igreja podem se concentrar em compartilhar o evangelho?
  2. Pense em uma mudança que você pode fazer para compartilhar uma verdadeira comunhão com sua comunidade cristã atual.
  3. De que forma você pode fazer parceria com os cristãos ao seu redor no trabalho evangélico?

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Perguntas frequentes

Pão Diário é o devocional que traz reflexões e aplicações práticas do cotidiano. É um produto de Ministérios Pão Diário, uma organização cristã que se dedica a promover o conhecimento da Bíblia e o crescimento espiritual por meio de materiais devocionais, livros, estudos bíblicos e recursos online.

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