Por 10 anos, depois que me tornei cristão na universidade, estive debatendo com meu tio. Ele realmente não queria que eu fosse cristão, e eu desejava muito que ele se tornasse um.
Esse foi um debate amigável, mas também bastante sério. Enquanto eu crescia na defesa da minha fé, descobri que, com o tempo, poderia responder a todas as objeções dele e fornecer um argumento convincente para a verdade do cristianismo.
Nunca esquecerei o fim de um debate certa tarde. Por duas horas permanecemos sentados na cozinha discutindo a respeito da ressurreição de Jesus. O debate de uma década finalmente chegou a uma conclusão dramática quando meu tio declarou: “Mesmo que você me convencesse que Jesus ressuscitou dos mortos, ainda assim não me tornaria cristão”. Perguntei o porquê, e ele respondeu: “Porque não quero mudar meu estilo de vida”.
Naquele momento, percebi a verdade. Mesmo depois de toda argumentação e discussão sobre evidência, lógica e verdade (por 10 anos), a realidade era que meu tio não se tornaria cristão simplesmente porque ele não queria. Mesmo se pudesse persuadir meu tio a respeito da verdade da ressurreição de Jesus, da confiabilidade da Bíblia, e da visão de mundo logicamente sólida do cristianismo, no final tal persuasão não fizeram efeito.
Isso acontece porque nossos desejos são mais fortes que nossa razão. Aquilo no que queremos acreditar sempre triunfará sobre o que nós podemos racionalizar. Se for honesto comigo mesmo, sei que isso é a verdade sobre mim. Se você for honesto consigo mesmo, suponho que chegará à mesma conclusão.
Apesar de toda a nossa racionalidade e o alto valor que colocamos na lógica e no argumento persuasivo, nós humanos somos frequentemente impulsionados por elementos mais profundos. Os desejos de nosso coração são mais poderosos que as convicções de nossa mente.
Com frequência, convencemo-nos a acreditar em coisas simplesmente porque queremos acreditar nelas. Racionalizamos nossas decisões porque queremos que nossos desejos pareçam razoáveis. Tendemos a nos apegar aos argumentos que defendam o que sentimos ser o certo, em vez de submeter nossos sentimentos à luz de evidências e persuasão. Por isso é realmente difícil persuadir qualquer um de qualquer coisa que eles não queiram aceitar — assim como meu tio.
Se você não quer se tornar cristão, não há nada que eu possa dizer que mudará sua mente. Então, este livro não tentará persuadi-lo em nada. Em vez disso, ele buscará atraí-lo para a beleza da fé cristã.
Nas páginas que seguem, tudo que peço é que mantenha a mente aberta. E o mais importante, o coração aberto — pois a beleza atrai mais o coração do que a mente. Se você for cativado pela beleza de Jesus, sua mente acompanhará mais tarde.
Começaremos analisando por que os cristãos consideram Jesus “belo” e perguntando por que Ele é tão intrigante. A partir disso, consideraremos que tipo de pessoa Jesus era, e o que Ele fez e disse. E concluiremos perguntando por que Jesus é importante hoje.
— Con Campbell
Jesus, Belo?
Talvez sua experiência com o cristianismo tenha sido ruim devido a cristãos que somente julgam — aqueles que tentam lhe impor seus valores, que fazem você se sentir como um “pecador”, ou aqueles cristãos hipócritas que são tão corruptos quanto qualquer outra pessoa (ou ainda mais)....
De que maneira Jesus é belo?
Jesus: Intrigante… ou chocante?
Jesus chocava as pessoas
Jesus transformou pessoas
Jesus influenciou significativamente as pessoas
Que tipo de pessoa era Jesus?
O que Jesus fez e disse?
Por que Jesus é importante?
O que vem depois?
Constantine R. Campbell
Constantine R. Campbell (PhD, Macquarie University) é professor do Novo Testamento na Trinity Evangelical Divinity School em Deerfield, Illinois. Ele é autor de vários livros, incluindo Avanços no Estudo do Grego, Noções Básicas do Aspecto Verbal em Grego Bíblico, Mantenha Seu Grego, Paulo e União com Cristo, Divulgação e o Artista, e 1, 2 & 3 João na história de Deus Série comentário bíblico. Con é um estudioso, orador público, músico e autor, e vive no Lago Zurique, IL com sua esposa e três filhos.