“ele se foi”

…sabemos que, quando for destruída esta barraca em que vivemos, que é o nosso corpo aqui na terra, Deus nos dará, para morarmos nela, uma casa no céu. Essa casa não foi feita por mãos humanas… (v.1).

leia›: 2 Coríntios 5:1-10

Uma coisa misteriosa aconteceu na hora de sua morte. Enquanto meu pai ainda estava respirando, minha mãe — que segurava a sua mão e o beijava com ternura — virou-se e disse: “Ele se foi, ele se foi… eu sei. Posso voltar para casa agora.” Ela então saiu lentamente do quarto e começou a andar pelo corredor. Minha irmã, que continuava a olhar papai, percebeu de repente que seu peito subiu e baixou pela última vez.

Como mamãe soube que ele “se fora”, mesmo enquanto seu corpo ainda funcionava? Duas coisas me vêm à mente: somos seres espirituais; e ela era sua noiva há muitos anos. Conhecia a presença dele.

Na carta de 2 Coríntios 5, o apóstolo Paulo escreveu sobre algo que experimentamos aquela noite. Ele disse que nossos corpos são uma “barraca em que vivemos” (v.1) e que, quando deixarmos esta vida, iremos “…viver com o Senhor” (v.8). Paulo, que reconheceu a fragilidade de sua própria “habitação terrena” quando passou por dificuldades em Éfeso (1:8-11), tinha a certeza da esperança no futuro glorioso com seu Salvador ressurreto — estar com Jesus (1 Coríntios 15:51-58; Filipenses 3:20,21).

Por que Paulo tinha essa esperança? Ele escreveu: “…sabemos que Deus, que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos ressuscitará com ele e nos levará, […] até a presença dele” (2 Coríntios 4:14). Ele sabia que, no devido tempo, nós, que cremos em Jesus, teremos “…uma casa no céu. Essa casa não foi feita por mãos humanas…” (5:1)

De alguma forma minha mãe sabia que papai havia partido. Mas ela também tinha certeza para onde ele fora. Tom Felten