Leia a reflexão
Traídos pela ingratidão
…Ah, se tivéssemos carne para comer! (v.4)
Referência: Números 11:1-35
Salvo exceções relacionadas às enfermidades que afetam a percepção individual, há pessoas que não são amáveis. São dominadas pelo orgulho e egoísmo, o que não lhes permite se colocar na condição do outro, sentir empatia e gratidão. O ingrato possui um descontentamento permanente. Sua perspectiva é sobre os desejos que não foram supridos. Semelhantemente à fome disfuncional que nunca é satisfeita, sempre haverá um novo apetite que gerará um novo descontentamento.
É o que se observa nas queixas descritas no episódio de Números 11. Aqui não se trata de necessidade de saciar a fome, é desejo pelo cardápio da culinária egípcia. Eles tinham o maná, com o sabor semelhante a bolo de mel, um alimento leve e saudável.
Eles já conheciam o poder e o cuidado de Deus, pois receberam livramento na travessia do mar Vermelho, saciaram a sede com água de uma rocha, uma nuvem protegeu-os do sol escaldante e uma coluna de fogo do frio do deserto. Mesmo assim, reclamaram porque eram cegos para o que tinham e enxergavam o que não possuíam.
De modo geral, a ingratidão é resultado da natureza pecaminosa. E, como o pecado obscurece mentes e corações, o ingrato não se percebe desagradecido. Por essa razão, não é de se surpreender que teremos que lidar com a ingratidão de pessoas da família, amigos ou conhecidos. E, possivelmente, em determinado momento, outros terão o desprazer de lidarem com nosso coração sem graça e sem gratidão, por não reconhecermos o bem que nos fizeram.
A alegria de presentear é vivida somente por pessoas agradecidas.
Senhor Deus, dá-me um coração agradecido que seja demonstrado através das minhas ações.
Autor: Pr. Ezequiel Brasil Pereira — Capelão Voluntário/GO


